Líder do PCdoB manifesta preocupação com sucessão na Câmara 

A semana na Câmara dos Deputados começou com o anúncio oficial de duas candidaturas à Presidência da Casa – o líder do PTB, deputado Jovair Arantes (GO), representante do “Centrão” e o líder do PSD, deputado Rogério Rosso (DF), também aliado do presidente ilegítimo Michel Temer, confirmaram seu s nomes para a disputa. Somados ao atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e André Figueiredo (PDT-CE), são quatro os candidatos a eleição que ocorre no próximo dia 2 de fevereiro. 

Líder do PCdoB defende trabalhadores contra medida de Gilmar Mendes - Ass. Lid. PCdoB na Câmara

O líder do PCdoB na Câmara, deputado Daniel Almeida, anunciou que a bancada do Partido vai se reunir, em São Paulo, na próxima terça-feira (17) para tomar uma decisão definitiva sobre a sucessão na Câmara, adiantando preocupação com a grande quantidade de candidatos

Ele avalia que “o surgimento de muitas candidaturas pode gerar um risco de muito tensionamento na disputa e pouco debate sobre o resgate do papel da Câmara, de maior fragmentação no funcionamento da Casa e de se eleger alguém que ao invés de resgatar esse papel aprofunde a crise.”

Plataforma

As discussões em torno da sucessão da Câmara, segundo o líder comunista, tem considerado que “em um cenário assim, o ideal é ter um grau de unidade maior possível das diversas bancadas da Casa em torno de uma plataforma que resgate o papel da Câmara com funcionamento plural, cumprimento dos ritos regimentais, sem atropelamento, e respeitando as proporcionalidades das bancadas na composição da Mesa Diretora.”

Isso porque, segundo Daniel Almeida, “o cumprimento do regimento vai permitir o aprofundamento do debate, especialmente em uma agenda tão tensa, de grandes alterações que se estão propondo fazer. Todos os temas em debate representam profundas alterações na economia. Não se pode atropelar.”

E enfatiza: “É o que devemos buscar, para permitir o debate das matérias sem atropelamentos. Nenhum tema está interditado no debate da Câmara, mas não pode ter atropelos, os debates têm que passar por comissões, audiências, ouvir a opinião pública e deliberar depois do amadurecimento. O novo presidente tem que ter compromisso com esse tipo de prática.”

O líder do PCdoB adianta que “vamos apoiar o candidato que se comprometa com essa plataforma”, acrescentando que “outro risco que devemos evitar é se associar a um projeto isolacionista. Tem a candidatura do André, que está no nosso campo, da oposição, mas ela só tem sentido de existir se tiver nitidez e clareza com essa agenda; e se tiver capacidade de ser ampla, com possibilidade de ganhar. Só para marcar posição, eu considero um risco.”