Repressão de Estado na Colômbia faz crescer a resistência

Há aproximadamente uma semana os pequenos agricultores colombianos iniciaram uma série de paralisações e manifestações no país. Desde então a repressão de Estado tem sido implacável, mas a resistência só cresce. Neste domingo (5) o Exército de Liberação Nacional da Colômbia (ELN) se pronunciou em rechaço à violência dos agentes do Estado.

Manifestação de comunidade negra na Colômbia - Telesur

Segundo o documento da ELN, a grande mídia tem trabalhado para estigmatizar as manifestações e criminalizar os camponeses, acusando-os de estarem infiltrados na guerrilha.

Os camponeses se mobilizam em diversos pontos do país para exigir o cumprimento de acordos firmados com o governo em 2014. Eles também rechaçam as políticas governamentais que respondem aos Tratados de Livre Comércio e se expressam no Plano Nacional de Desenvolvimento, privatizando recursos estratégicos da nação.

A ELN denuncia que constantemente as manifestações populares são repreendidas com muita violência pelo governo, sempre com a “desculpa” de que trata-se de um combate à guerrilha.
“Como de costume, o governo recorre a esta calúnia para justificar assassinatos, ferimentos e detenções que a força pública realiza contra a população mobilizada”, diz o comunicado.

Desde o começo das manifestações, os agentes do Estado são acusados de assassinar três indígenas nos departamentos de Chocó e Cauca e deixar 150 feridos, alguns em estado grave.