Depois de Gandra, tucanos pedem parecer pró-golpe a Miguel Reale

O primeiro parecer, de Ives Gandra, foi veementemente criticado por juristas por ter um embasamento apenas político. Segundo a colunista Vera Magalhães, agora o PSDB que embasar a ação nos pareceres de auditores e do Ministério Público junto ao TCU, sob a tese que o governo descumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal ao adiar repasses a bancos públicos para melhorar as contas em 2014.

No entanto, em artigo publicado dia 7 de março no jornal O Estado de S. Paulo, o advogado Miguel Reale, deu mostras de que não tem argumento para fundamentar tal base jurídica. Segundo ele, só pode haver impeachment de Dilma de fatos ocorridos no atual mandato, ou seja janeiro a março de 2015, e neste tempo não há fato concreto para impeachment.

Na proposta esdrúxula de Reale a única saída seria a renúncia da presidenta Dilma, do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A nova encomenda dos tucanos é resultado do desespero após a murchada nos atos dos golpistas no último domingo (12). O líder da oposição na Câmara Federal, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), tenta a todo custo emplacar a formalização de um pedido de afastamento da presidenta na Câmara.

"Do ponto de vista subjetivo e moral, mostrar que a presidente dizia (durante a campanha eleitoral) uma coisa e faz outra hoje que, embora por si só não seja suficiente para uma cassação, mas o conjunto da obra, não tenho dúvida que, de ordem política, pode ser discutido pelo Congresso Nacional. Por isso não vejo, do ponto de vista política, como não haver com brevidade um processo de impeachment da presidente da República, substanciado, construído com responsabilidade, assinado por juristas que dão qualidade a essa representação e que de forma democrática o Congresso processe", disse o contraditório Bruno.

Do Portal Vermelho, com informações de agências