Um resumo diário das principais notícias internacionais.
Depois de quase 15 anos e três governos da Frente Ampla, o Uruguai encara sua eleição presidencial mais difícil. Eleições convertidas em plebiscito, como em outros países do ciclo progressista, entre a continuidade do processo de transformação, ou a restauração conservadora.
Por Katu Arkonada*
O presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, demitiu, nesta segunda-feira (1), seu ministro da Defesa, Jorge Menéndez, e mais seis generais da cúpula militar do país, acusados de terem se omitido diante da confissão de um ex-oficial sobre crimes cometidos durante a ditadura militar.
Nesta quarta-feira (27), o Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou novo apelo para permitir a entrada de suposta “ajuda humanitária” na República Bolivariana da Venezuela, pretexto para gerar conflitos nas fronteiras do país irmão e justificar uma agressão armada. O Uruguai e outros quatro países votaram contra. Ao apresentar uma emenda ao texto original, o Uruguai ajudou a desmascarar os verdadeiros objetivos escondidos atrás da fachada de “ajuda humanitária”.
Um resumo diário das principais notícias internacionais
Um resumo diário das principais notícias internacionais
"Se ao longo da história do Uruguai se pode dizer que se formou uma cultura republicana, laica, civilista, liberal-reformista, o mesmo não se pode afirmar em relação ao Brasil".
Por Mateus Fiorentini*
Um resumo das principais notícias internacionais do dia.
O Uruguai cresceu 3,4% em 2018, quando em 2017 o índice foi de 3,1% e a previsão do FMI para 2019, ano eleitoral, é de 3,1%; além disso, a inflação não passa de 7,5%, e a taxa de desemprego, de 6,8%.
O futuro ministro da Economia de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes, afirmou – em tom explosivo – que “o Mercosul não é prioridade” para o Brasil. Já o futuro presidente chegou a ameaçar abandonar o bloco. Para a vice-presidenta do Uruguai, Lucia Topolansky, apesar do comportamento autoritário, o capitão da reserva “não é estúpido” e sabe que não pode deixar de lado um acordo que funciona e gera lucros para o país.
A direita uruguaia continua apostando em uma estratégia para impor no imaginário coletivo a sensação de mal-estar e insegurança, para poder justificar depois qualquer tipo de intervenção externa: diplomática, política, militar ou de inteligência, devido à dificuldade em derrubar o bloco centro-esquerdista da Frente Ampla do governo.
Por Nicolás Centurión
Preocupada com o avanço do autoritarismo na América Latina, a organização saudou a união democrática em torno da candidatura do PT nestas eleições.