Em pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira (31), aponta que 79% dos brasileiros não confiam em Michel Temer. E ele deu mais uma demonstração de que não se deve confiar em seu governo. Sancionou o projeto de lei que libera a terceirização para qualquer atividade dentro de uma empresa, rasgando a CLT.
Sendo um brasileiro que ama seu país, torço para estar muito errado. Mas o projeto de lei da terceirização, aprovado pela Câmara dos Deputados e em vias de sanção presidencial, tem tudo para frustrar aqueles que acreditam na melhoria das relações de trabalho no Brasil.
Por Luís Eduardo Fontenelle, do DCM
Cerca de mil trabalhadores(as) de várias categorias, sindicatos e centrais sindicais participaram, na manhã de hoje (31) de um ato político contra a terceirização, as reformas da previdência e trabalhista e contra as medidas do governo Temer que atacam a classe trabalhadora.
As reformas da Previdência e trabalhista do Governo Michel Temer continuam sendo denunciadas em atos e mobilizações pelo Brasil. As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo convocam a população para novos atos nesta sexta-feira (31) que se realizarão simultaneamente em todo o país.
“Cabe a todos nós, cidadãos, trabalhadores, sociedade civil organizada, nos articularmos para lutarmos contra mais esse ataque aos direitos dos trabalhadores. O momento é grave e requer a união de todos em torno do mesmo objetivo de garantir que nenhum direito nos seja retirado”.
Por * Enio Pontes de Deus
Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST) e Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) encaminharam nesta quarta-feira (29) a Michel Temer pedido de veto integral ao Projeto de Lei 4302, que libera a terceirização para atividade-fim e altera a regra de contratos temporários.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que por volta de 25% do emprego no Brasil provêm de atividades tipicamente terceirizantes.
Por Ana Luiza Matos de Oliveira
O deputado estadual Carlos Felipe (PCdoB) se posicionou contra a lei que possibilita a terceirização de todas as atividades, durante o primeiro expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa na última quarta-feira (28). O parlamentar afirmou que o projeto foi proposto ainda na gestão de Fernando Henrique Cardoso, em 1998, “e não de Dilma Rousseff, como afirmam os apoiadores da medida”.
Primeira reunião da Comissão do Trabalho da Câmara recebe ministro da Pasta, Ronaldo Nogueira. Após defender “modernização” das leis trabalhistas, ministro foi criticado por diversos parlamentares.
Por: Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
A terceirização irrestrita, apesar de encarada como positiva nas relações de trabalho pelo empresariado, na prática provocou péssimas consequências para a classe trabalhadora onde foi aplicada. O trabalhador brasileiro nunca esteve tão vulnerável como agora.
"A agenda ultraliberal que está sendo implementada retira direitos, golpeia nossa democracia e destrói o legado dos últimos governos na construção de um país menos desigual".
A lei da terceirização aprovada pela Câmara na semana passada é tão ruim que até o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros, se rebelou, afirmando o mesmo que todo mundo: trata-se de precarização e não de melhorias para o trabalhador, como o governo quer convencer os brasileiros.
Por Katia Guimarães*