Junta Militar reprime movimento pela democracia.
Reunião foi marcada para a próxima sexta-feira
Golpe militar interrompe governo de transição que substituía longa ditadura militar. População apoia governo civil e comunidade internacional rejeita intervenção militar.
Apesar do acordo entre EAU, Bahrein e Israel, o líder do Qatar diz que Israel continua a praticar ‘violação flagrante das resoluções internacionais e da solução de dois estados acordada pela comunidade internacional’.
Forças militares e milícias reprimiram violentamente as gigantescas manifestações populares no Sudão, no domingo, 30 de junho, 30º aniversário do golpe de Estado de 1989 que levou ao poder Omar al-Bashir, o ditador derrubado em abril.
Um resumo diário das principais notícias internacionais
Depois de massivos protestos populares, o presidente do Sudão, Omar Al-Bachir, que estava há trinta anos no poder, foi deposto nesta quinta-feira (11), tendo assumido um Conselho Militar de Transição. O Partido Comunista Sudanês – alvo de perseguição durante os protestos, com membros do CC presos, inclusive seu secretário-político – considera que a deposição foi “um golpe palaciano” e exige, em aliança com outras forças, a continuidade da revolução e a entrega imediata do poder aos civis.
Vários refugiados sudaneses viram impedida a sua entrada na Bélgica. Dois deles teriam sido torturados ao chegarem no Sudão. A pressão para que o ministro da Imigração se demita aumentou e levou o Partido Nacionalista Flamengo, do qual ele faz parte, a garantir que sairá do governo caso ocorra demissão
Residentes da região de Abyei, reivindicada pelo Sudão e pelo Sudão do Sul, iniciaram um referendo não oficial neste domingo (27), com continuação nesta segunda (28), para decidir a qual país pertencerão. De acordo com observadores, a iniciativa, não reconhecida pelos dois países em questão, pode inflamar as tensões entre os dois grupos étnicos locais e os Estados aos quais se dizem ligados.
O Partido Comunista Sudanês denunciou nesta quarta-feira (2) a prisão de seu dirigente Ali Babkir Alkinain, secretário de organização, membro do Birô Político e do secretariado do Comitê Central do partido, qiue acontece em meio a uma forte repressão política realizada pelo governo no país.
O presidente do Sudão, Omar al-Bashir, pediu um visto para os Estados Unidos, para participar das reuniões de alto nível da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York, na próxima semana, de acordo com um artigo do portal All Africa desta terça-feira (17). Seria um procedimento normal, não fosse o fato de Bashir ser indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio, e estar sujeito a um mandado de prisão internacional.
Delegações do Egito, Sudão e Etiópia debaterão no final deste mês o conflito gerado pelo uso da água do rio Nilo, afirmaram fontes oficiais nesta segunda-feira (12) na cidade do Cairo.