No dia 1º de dezembro de 1955, no centro da cidade de Montgomery, estado do Alabama, Rosa Parks, uma costureira de 42 anos, subiu em um ônibus a fim de voltar para casa após mais um dia de trabalho.
Por Ruy Braga
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse nesta sexta-feira (17) que os “rolezinhos” devem impactar na política do ministério para a juventude.
"Os shoppings-centers representam a ofensiva avassaladora contra os espaços públicos nas cidades, são o contraponto das praças públicas. São cápsulas espaciais condicionadas pela estética do mercado." (Emir Sader)
Por Pedro Benedito Maciel Neto
Depois dos movimentos que tomaram as ruas, em junho passado, agora é a vez dos jovens se reunirem para ocuparem os shoppings. O grito de "vem pra rua", deu lugar ao "vem pro shopping". Os chamados “rolezinhos”, encontros de adolescentes, nos centros de lazer, são agendados pelas redes sociais, a exemplo das manifestações do ano passado.
"A cidade (São Paulo) precisa servir a todos sem distinção de classe", declarou, em entrevista exclusiva ao Vermelho, Netinho de Paula, secretário de Promoção da Igualdade Racial de São Paulo, ao falar sobre o fenômeno chamado "rolezinhos".
Joanne Mota, da Rádio Vermelho de São Paulo
O "rolezão" proposto pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) nos shoppings Jardim Sul e Campo Limpo, em São Paulo, terminou na porta dos estabelecimentos comerciais, fechados mais cedo por questões de segurança, na tarde desta última quinta-feira (16). As cerca de 500 pessoas que caminharam cerca de 1 quilômetro entre a estação Giovanni Gronchi da CPTM, até o estabelecimento comercial exibiram notas de R$ 50 e cartões bancários como protesto por serem barrados.
"Os shoppings-centers representam a ofensiva avassaladora contra os espaços públicos nas cidades, são o contraponto das praças públicas. São cápsulas espaciais condicionadas pela estética do mercado."
Emir Sader
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, disse nesta quinta-feira (16) que os encontros de jovens conhecidos como “rolezinhos” são uma resposta ao preconceito contra algumas classes sociais e que não se deve reprimi-los.
Um novo fenômeno social vem surgindo nas grandes cidades brasileiras, o fenômeno dos “rolezinhos”. Qualquer posicionamento que se possa tomar em relação a tal fenômeno se torna oco diante do contexto concreto da vida dos personagens envolvidos nestes episódios.
Por Aline Rodrigues, especial para o Vermelho
Em entrevista exclusiva ao Vermelho-SP, o jovem Vinícius de Andrade, que tem 17 anos, mais de 80 mil seguidores em seu perfil do Facebook e é um dos articuladores dos encontros, falou sobre a nova moda da juventude paulistana.
Por Ana Flávia Marx, da Redação do Vermelho-SP
O diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil, Átila Roque, vê na reação da Polícia Militar de São Paulo e dos shoppings aos chamados "rolezinhos" como uma "atitude discriminatória e ilegal, de acordo com a legislação brasileira". Os “rolezinhos” são encontros surpresa de jovens da periferia que geralmente acontecem em estacionamentos de shoppings, no intuito de promover um rápido show de funk, tomar cerveja e se divertir.