Além da pressão por recursos europeus, Marrocos aproveita para enfraquecer o governo do Saara Ocidental, além de usar a crise em Gaza para obter apoio americano para o domínio sobre o Saara.
“A imensa maioria dos saarauis e o seu movimento internacional de solidariedade identificam na Frente Polisario o único instrumento político possível para alcançar justiça genuína”
A “última colônia africana”, a República Árabe Saarauí Democrática (Rasd), comemorou, no último dia 27 de fevereiro, 45 anos de fundação. O Secretário de Relações Internacionais do PCdoB, Walter Sorrentino, saudou a “data gloriosa”, cobrando a urgência de “uma ação internacional decisiva” em apoio à causa do povo saarauí, que tem dois terços do seu território ocupados pelo Marrocos. “É acintosa a sobrevivência do colonialismo em pleno século XXI (…) precisamos redobrar a solidariedade com os saarauís”, afirma o dirigente comunista. Assista.
Território do noroeste da África, rico em recursos naturais, está ocupado militarmente desde 1975 pelo Reino do Marrocos.
O secretário-geral da Frente Popular de Libertação de Saguía el-Hamra e Rio de Oro (Polisario) e presidente da República Árabe Saarauí Democrática (RASD), Brahim Ghali, anunciou que os saarauís reconstruirão e repovoarão o território que a Polisario libertou da ocupação marroquina. Nesta segunda-feira (31), entidades latino-americanas e caribenhas saudaram a decisão, também respaldada por outras entidades internacionais e cujos desafios o povo saarauí superará, como garantiu o presidente Ghali.
Está a caminho do porto de Santos, com chegada estimada em 19 de junho, mais um navio carregado de fosfato saarauí, explorado e exportado pelo Marrocos. O Lalis D (IMO 9613666), de bandeira da Libéria, partiu do porto de El Aiún, no Saara Ocidental ocupado. A prática é reiterada: este pode ser o quarto cargueiro do tipo a chegar ao Brasil em um ano.
O governo da República Democrática Árabe do Saaraui decretou luto oficial de sete dias pelo falecimento de Mhamad Khaddad, membro do Secretariado Nacional da Frente Polisario – onde ocupava o posto de chefe de relações internacionais – e coordenador de relações com a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO).