O juiz federal da Argentina, Daniel Rafecas, afirmou que já foram identificadas dez mil vítimas da ditadura militar no país, durante a Operação Condor, na década de 1960. Ele afirmou que essas vítimas foram identificadas com a abertura de mil processos contra pessoas que atuaram na operação. Já o jornalista uruguaio Samuel Blinxen afirmou que houve retrocesso no Uruguai com relação à investigação da Operação Condor.
A mobilização da sociedade é que vai permitir a apuração e punição dos crimes de tortura, morte e desaparecimento cometidos por agentes públicos aos presos políticos durante a ditadura militar no Brasil. A opinião foi manifestada pela presidente da Comissão Parlamentar da Verdade, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), na abertura do seminário internacional sobre a Operação Condor, que ocorre na quarta e na quinta-feira (4 e 5) na Câmara.
Seminário Internacional sobre Operação Condor será realizado na Câmara dos Deputados na próxima semana, entre os dias quatro e cinco de julho com representantes da Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Estados Unidos. O evento pretende trazer ao Brasil jornalistas, parlamentares e pesquisadores para debater a ação conjunta organizada pelos governos militares na América do Sul entre as décadas 1960 e 1980.
Nesta terça-feira (19), a Articulação Nacional pela Memória, Verdade e Justiça junto à movimentos estudantis e à Via Campesina, presentes na Cúpula dos Povos, realizam mais um esculacho na casa do ex-torturador da ditadura militar Dulene Aleixo Garcez dos Reis. A marcha saiu às nove horas da manhã da Urca e foi até a casa do ex-torturador, na Zonal Sul do Rio de Janeiro, onde vive confortavelmente.
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) ocupou a tribuna da Câmara nesta segunda-feira (11), para defender que a Comissão da Verdade seja “independente e ágil” e possa esclarecer as “gravíssimas” violações de direitos humanos ocorridos durante a ditadura militar no Brasil.
A Comissão de Direitos Humanos da Seção Mineira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG) conclui um dossiê, que contabiliza quase mil páginas, e será entregue à Comissão da Verdade ainda neste mês pedindo a investigação da morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek.
Um dos mais ferrenhos opositores da ditadura Pinochet, o diplomata e intelectual Heraldo Muñoz relata e analisa suas memórias políticas do país sob o ditador – que liderou um governo sangrento que durou 17 anos e deixou cerca de 40 mil vítimas de prisão, tortura, morte ou desaparecimento. A história é contada no livro "A Sombra do Ditador – memórias políticas do Chile sob Pinochet", que será lançado nesta quinta-feira (31), às 18 horas, na Universidade de Brasília (UnB).
Em sigilo, começou esta semana a autópsia da ditadura brasileira. Durante 16 horas de depoimento em Vitória, ES, ao longo de segunda (28) e terça-feira (29), o ex-delegado do DOPS Cláudio Antônio Guerra e o ex-sargento do DOI-CODI Marival Chaves Dias do Canto falaram pela primeira vez e formalmente ao Ministério Público Federal, na presença da coordenadora da Comissão Parlamentar da Verdade da Câmara, deputada Luiza Erundina (PSB-SP).
Professores e estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) participaram de um ato hoje (24), no campus do Largo São Francisco, centro de São Paulo, para coletar assinaturas para a criação de uma comissão da verdade dentro da instituição.
"Em novembro de 2010, o Estado brasileiro foi condenado pela Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Gomes Lund e outros vs. Brasil sobre a Guerrilha do Araguaia. Entre 1964 e 1985, cerca de 30 mil pessoas foram torturadas, destas em torno de 150 ainda estão desaparecidas. Na guerrilha do Araguaia concentram-se metade desses desaparecidos políticos." Abaixo, a reprodução na íntegra de um dos trabalhos que integram o Especial Caros Amigos Comissão da Verdade, lançado neste mês de maio.
O que esperar da Comissão da Verdade, instalada no dia 16 de Maio pela presidenta Dilma Rousseff? Numa tentativa de trazer à tona casos mais emblemáticos de mortos e desaparecidos políticos, durante a ditadura militar (1964 a 1985), e escarafunchar denúncias, a Revista Caros Amigos lançou neste mês de maio um especial sobre o tema. Abaixo, confira uma das matérias cedidas ao Vermelho, pela publicação, que aborda a Guerrilha do Araguaia. Há indícios de que 'novos' guerrilheiros teriam entrado na guerrilha depois da invasão do exército.
O ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) no Espírito Santo, Cláudio Guerra, vai ter proteção policial. O anúncio foi feito em Plenário na noite desta quarta-feira (16) pelo senador Paulo Paim (PT-RS) que, mais cedo havia feito um apelo ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que garantisse a segurança de Claudio Guerra