A truculência da polícia militar de São Paulo não impediu que centenas de manifestantes protestassem neste domingo (18), na avenida Paulista contra o governo de Michel Temer e as medidas que atacam direitos sociais e trabalhistas. A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também participou do ato e convocou a classe trabalhadora para a paralisação de 22 de setembro, dia de protestos nacionais dos trabalhadores contra as reformas trabalhista e previdenciária de Temer.
A truculência da polícia militar de São Paulo não impediu que centenas de manifestantes protestassem neste domingo (18), na avenida Paulista contra o governo de Michel Temer e as medidas que atacam direitos sociais e trabalhistas. A Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) também participou do ato e convocou a classe trabalhadora para os atos de 22 de setembro, dia de paralisação nacional dos trabalhadores contra as reformas trabalhista e previdenciária de Temer.
As centrais sindicais brasileiras reforçaram nesta semana a unificação nos protestos que serão realizados na próxima quinta-feira (22). Em nota, as entidades afirmam que “a unidade da classe trabalhadora é fundamental para barrar a agenda regressiva em curso”. O retrocesso a que se referem as centrais são as sinalizações de reforma trabalhista e previdenciária e o ajuste fiscal.
Confira a nota na íntegra
O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, recebeu nesta quarta-feira (14) representantes de centrais sindicais para uma conversa sobre a agenda de ajustes para recuperação da economia anunciada por Michel Temer. Os dirigentes reafirmaram a oposição à reforma trabalhista sinalizada e que retira direitos dos trabalhadores. CUT e CTB ressaltaram o caráter ilegítimo do governo que vem anunciando pela imprensa medidas que visam o desmonte do Estado e a precarização das condições de trabalho.
Em reunião realizada nesta terça-feira (13) na sede da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), as centrais sindicais definiram alguns pontos do dia nacional de paralisação em defesa dos direitos dos trabalhadores. Os atos iniciarão pela manhã nas fábricas pelo Brasil e prosseguem à tarde com a paralisação dos trabalhadores do serviço público. O ato em São Paulo será em frente ao Masp, às 11h do dia 22.
Por Railídia Carvalho
O sindicalista João Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), afirmou ao jornal Sul21 que o movimento sindical internacional precisa aumentar o poder de organização e representação. Ex-presidente da CUT, ele afirmou que os trabalhadores brasileiros irão às ruas mas será necessário traduzir para a população as ameaças que o governo de Michel Temer quer impor ao povo com as reformas trabalhista e previdenciária, entre outras medidas.
Após definir data de paralisação nacional da categoria, para 29 de setembro, os Sindicatos, Federações e Confederações metalúrgicas já começam a mobilizar as bases para resistir aos ataques neoliberais do governo de Michel Temer.
Em entrevista à Globonews, o advogado Sergio Batalha deixou claro o que significa a reforma trabalhista pretendida pelo governo Temer. Para ele, pelo caráter impopular das medidas, a gestão não está dizendo o que de fato pretende fazer. Na prática, contudo, as mudanças que se delineiam irão retirar direitos dos trabalhadores para atender a interesses de parcela do empresariado. Como justificativa, usa-se um falacioso discurso da modernização e da geração de empregos.
O anúncio, pelo ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, de alguns pontos da reforma trabalhista que, entre outras questões, prevê o aumento da jornada de trabalho para 12 horas semanais, gerou uma avalanche de críticas das centrais sindicais. Nesta sexta-feira (9), a Força Sindical considerou “ideias delirantes”. Para a União Geral dos Trabalhadores (UGT) “parece que o empresariado tomou o poder”. CTB e CUT fizeram duras críticas.
Por Railídia Carvalho
A tão falada proposta de Reforma Trabalhista (Projeto de Lei 4962) que o presidente sem voto Michel Temer pretende enviar ao Congresso até o final do ano atinge em cheio os funcionários mais jovens e põe em perigo o futuro de quem ainda nem entrou no mercado de trabalho. Entre os ataques, estão a reduação do salário abaixo do mínimo e a ampliação da jornada de trabalho. A gestão golpista já sinalizou duas propostas, a primeira de 80 horas semanais, e a segunda de 12 horas diárias.
A reforma trabalhista que está sendo desenhada pelo governo do presidente Michel Temer vai propor aumentar de 8 horas para 12 horas o máximo permitido para a jornada de trabalho diária, já considerando as horas extras. O limite semanal seria de 48 horas.
Com o resultado desta quarta-feira (31) da votação do impeachment no Senado ainda repercutindo na mídia e redes sociais, os empresários já falam em atacar direitos sociais e trabalhistas.