No Brasil o Ano Novo é recebido não só com as confraternizações familiares, reveillons, shows da virada e queimas de fogos. Há também as imorredouras manifestações folclóricas, de caráter religioso, sempre sincrético, e profano, como são as oferendas a Iemenjá e as procissões ao Nosso Senhor dos Navegantes.
O poema A Posse foi publicado na Folha de S.Paulo em 19 de janeiro de 2003, duas semanas após a posse de Lula como presidente da República. Escrito pelo poeta, ensaísta e tradutor Haroldo de Campos (19 de agosto de 1929 — 16 de agosto de 2003), homenageia o torneiro mecânico formado na universidade da vida. Valeu como louvor à posse, vale também como despedida.
Na primeira impressão que tive dos textos de Bondaczuk, escrevi uma vez que ele era o russo mais brasileiro que havia, e não só: ele era um escritor cujo maior segredo era escrever simples, tão simples, que até parecia ser isso muito fácil.
Por Urariano Mota*
O escritor Marcos Albertim já é bem conhecido dos leitores do Vermelho, assim como seus personagens, gente do povo, com suas inesgotáveis virtudes escondidas pelas convenções sociais, que só o olhar humanista sabe descobrir.
A correspondência inédita que o escritor cubano Alejo Carpentier manteve com sua mãe entre os anos de 1928 e 1937, quando ele vivía em Paris, foi apresentada na última segunda-feira (27) em Havana, em um volume que reúne 138 cartas que pueden ser lidas como um “romance”.
O caderno literário e artístico do Vermelho deste final de semana é inteiramente dedicado ao Natal. Habitualmente publicado aos sábados, antecipamos para esta sexta-feira (24), em razão da festa e do feriado prolongado.
O conto que apresentamos nesta edição, do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, é, segundo o escritor Urariano Mota, colunista e ativo colaborador do Vermelho e do seu espaço cultural Prosa, Poesia e Arte, “de uma crueldade e ternura imortal, apesar da última frase, que ‘resolve’ tudo no céu.
“O mais grave de tudo é o desastre cultural que estas festas de Natal pervertidas estão causando na América Latina”, escreveu o escritor colombiano Gabriel García Márquez, há 30 anos, em artigo para o El País. No texto, Gabo critica a influência norte-americana na forma latino-americana de festejar o Natal.
É noite de Natal, e estou sozinho na casa de um amigo, que foi para a fazenda. Mais tarde talvez saia. Mas vou me deixando ficar sozinho, numa confortável melancolia, na casa quieta e cômoda. Dou alguns telefonemas, abraço à distância alguns amigos. Por Rubem Braga (**)
Dois dos maiores poetas da língua portuguesa, o brasileiro Vinícius de Moeaes e o português Fernando Pessoa, ambos universais, dedicaram à festa do Natal versos carregados de humanismo.
Maio deveria ser o mais triste dos meses para os brasileiros. Assim pensei em começar este artigo. Depois de mudar e riscar, pensei em começá-lo com uma pergunta: “Quem dá mais por um artista feito no rigor da arte, sem introdução e sem segunda parte, que expressa três terços de todo brasileiro?”. Depois me ocorreu que bem melhor seria uma crônica em feitio de oração, com humor, para suportar a paixão, com harmonia, ritmo… .
Por Urariano Mota *
– Está morto mesmo!?
– Como não? Estacou em vida e agora a coronária.