A Petrobras iniciou na noite desta terça-feira (23) a produção de petróleo e gás natural a partir do navio-plataforma P-69, a oitava unidade instalada no Campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos.
Os golpistas abriram as portas das reservas brasileiras de petróleo para as multinacionais. Sob a farsa de combate à corrupção na Petrobras, o país passa por um escandaloso processo de entrega das riquezas nacionais.
Por Osvaldo Bertolino
O apetite das empresas internacionais mostra que era desnecessário o incentivo tributário aprovado por Temer.
Por Eduardo Costa Pinto*
A FUP (Federação Única dos Trabalhadores) divulgou um estudo após a 5ª Rodada de Licitação do Pré-Sal, realizada nesta sexta-feira 28, e concluiu que as petrolíferas estrangeiras já são donas de 75% do pré-sal brasileiro. No leilão, foram arrematados por essas empresas mais de 90% dos 17,39 bilhões de barris de petróleo à venda.
Segundo William Nozaki, somente a quebra do regime de cessão onerosa pode causar perda de R$ 500 bi aos cofres públicos.
Na próxima sexta (28), a Agência Nacional do Petróleo (ANP) fará a 5ª rodada de leilões para a exploração e produção de petróleo e gás no pré-sal. Para o presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras (Aepet), Felipe Coutinho, os certames contrariam o interesse nacional. Ele aponta a pressa para entregar o petróleo a multinacionais estrangeiras, às vésperas da eleição, como parte da “agenda antinacional” de Temer, que quer colocar o país em “novo ciclo colonial”.
Por Joana Rozowykwiat
Medida que destina lucro para áreas está sendo desmontada após retirada Petrobras como única exploradora do pré-sal.
Por Eduardo Miranda
Descoberta em 2006, reserva de petróleo teve sua primeira extração em 2008 e chegou a 500 mil barris em 2014; 1 milhão em 2016 e 1,5 milhão este ano.
Neste mês de setembro, os trabalhadores da Petrobras comemoram dez anos de produção no Pré-Sal, cujos campos registraram em julho a marca histórica de 1,821 milhão de barris de óleo e gás por dia. Isso representa 55,1% de toda a produção nacional. São raros os países produtores de petróleo que realizaram essa façanha em tão pouco tempo.
Foi bem-sucedida a movimentação realizada nesta terça-feira (7) pelos petroleiros para evitar a votação em regime do urgência do PLC 78/2018. De acordo com o projeto do deputado José Aleluia (DEM-BA), até 70% dos direitos de exploração que a Petrobras tem sobre 5 bilhões de barris do Pré-sal podem ser transferidos para outras petroleiras. Segundo matéria publicada no portal da CUT, acordo entre líderes no Senado decidiu que o PLC só deverá ser votado após as eleições.
Presidente do Senado se compromete a não colocar na pauta projeto que permite à Petrobras vender até 70% dos direitos de exploração do pré-sal. Petroleiros e oposição destacam vitória parcial.
Transferir áreas do pré-sal para outras empresas equivale a converter a renda petroleira nacional em potencial renda para empresas estrangeiras.
Por William Nozaki*