Compradores não precisarão investir para achar petróleo, descoberto pela Petrobras.
O professor Ildo Sauer, do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP e ex-diretor da Petrobras, autor de uma nota técnica, junto com Guilherme Estrella, outro ex-diretor da estatal, que embasa ações judiciais contra o leilão da cessão onerosa, alerta o povo brasileiro para o roubo que está prestes a ser cometido contra o Brasil com a entrega das riquezas do pré-sal para as multinacionais.
Por Sérgio Cruz, da Hora do Povo
O Brasil vive tempos sombrios. Não tanto porque a economia brasileira está estagnada desde 2014, ou porque trocamos um presidente desmoralizado por um presidente que nos envergonha. Mas porque a aliança de um presidente de extrema-direita com as elites econômicas liberais está permitindo que a venda dos ativos nacionais aos outros países assuma proporções inusitadas.
Guilherme Estrella, geólogo e ex-diretor de Exploração e Produção da Petrobrás entre os anos de 2003 e 2012, é considerado o “Pai do Pré-Sal”, rótulo que rejeita de pronto. Mas essa é a imagem que fica para quem decidiu seguir no que considera um “investimento de risco, mas não sorte” que resultou na maior descoberta de petróleo dos últimos 50 anos em todo o mundo.
*Por Davi Macedo e Gibran Mendes
Reservas são consideradas uma "máquina de fazer dinheiro". Um patrimônio valiosíssimo para qualquer nação. Não à toa, os governos entreguistas de Temer — e agora o de Bolsonaro — promovem a entrega do pré-sal para grupos privados estrangeiros que apoiaram o golpe de 2016 contra Dilma e a campanha de Bolsonaro à presidência.
Em audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados, realizada na semana passada, o vice-presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), Fernando Siqueira, afirmou que o projeto que permite a venda do excedente da cessão onerosa à Petrobras irá repassar ao cartel internacional do petróleo quase 21 bilhões de barris, equivalentes a US$ 800 bilhões.
Alvo de destaque na cartilha neoliberal, o pré-sal brasileiro está na mira de parlamentares e multinacionais por meio de diferentes iniciativas. Segundo especialistas, o petróleo brasileiro tem destaque na geopolítica mundial.
Por Cristiane Sampaio, do Brasil de Fato
Na pauta do Senado desde o começo de novembro, a votação do projeto de lei que autoriza a Petrobras a entregar a iniciativa privada 70% dos direitos de exploração de petróleo na área do pré-sal (PLC 78/2018) ficou para a semana que vem. Isto porque governistas, oposição e a equipe econômica do futuro presidente, Jair Bolsonaro, não conseguiram chegar a um acordo.
Com o feriado da próxima quinta-feira (15), a semana deve ser curta no Parlamento. Senadores e deputados devem priorizar a análise dos vetos presidenciais à lei orçamentária para 2019 (LDO). Também estão na agenda legislativa, com expectativa de início para esta segunda-feira (13), a abertura de crédito para o Executivo, a privatização dos serviços de saneamento e as parcerias privadas para exploração de petróleo do pré-sal.
O Senado aprovou projeto de lei que resultará em uma redução de 50% em uma das fontes de recursos do Fundo Social do Pré-Sal, destinado a investimentos em Saúde e Educação.
O líder do governo Michel Temer no Senado, Fernando Bezerra Coelho, correu para ter 54 assinaturas e colocar o projeto de lei do pré-sal em regime de urgência.
Uma das vozes mais contundentes em defesa da soberania no Congresso Nacional, o senador Roberto Requião (MDB-PR) fez um discurso denunciando o entreguismo do governo de Michel Temer, que pertence ao seu partido, e repudia a conivência de alguns setores do poder Judiciário, principalmente a força-tarefa da Lava Jato.