A ocupação indígena na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) foi um protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215 e o Projeto de Lei Complementar (PLP) 227.
Diversas cidades brasileiras se mobilizam pelos povos tradicionais brasileiros contra projetos de lei que pretendem modificar texto constitucional e restringir demarcações de terras. Começa nesta segunda (30) e vai até sábado (5) a semana de Mobilização Nacional Indígena, convocada pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) para defender as conquistas da Constituição de 1988, que no dia 5 de outubro completa 25 anos.
"Eles disseram: vocês têm arco e flecha; a gente tem é bala". De acordo com uma Kokama, essas foram as palavras de um policial durante a operação com intenção "pacífica", iniciada na segunda-feira (23), para impedir o acesso a uma área ocupada por indígenas e não-indígenas, desde o mês de julho deste ano, no km 05, da rodovia Manoel Urbano (AM-070), no município de Iranduba, na região metropolitana de Manaus.
Prevista para a semana entre a segunda (30) de setembro e 5 de outubro, a Mobilização Nacional Indígena vai promover manifestações em vários locais do país. Estão confirmados atos em pelo menos quatro capitais – Brasília (DF), São Paulo (SP), Belém (PA) e Rio Branco (AC) -, além de cidades no interior.
Índios guarani de aldeias localizadas na grande São Paulo fizeram uma manifestação pacífica na manhã desta quinta-feira (26) na Rodovia dos Bandeirantes, altura do quilômetro 20, em São Paulo (SP). Segundo a concessionária da rodovia, a Autoban, os indígenas bloquearam todas as pistas do sentido capital. No dia 2 de outubro, acontecerá um grande ato no vão livre do Masp, na avenida Paulista. Todos estão convocados a defender os nossos povos originários.
Parte do território da aldeia Boca, povo Munduruku, no sul do Pará, foi invadido por agentes da Força Nacional e pesquisadores na quinta-feira (5). A ação visa garantir a licença ambiental de um complexo hidrelétrico no rio Tapajós, até agora sem consulta prévia às comunidades. Os ânimos se acirraram. O cacique geral convocou Assembleia Geral para domingo (15), segunda (16) e terça (17).
No Dia Internacional dos Povos Indígenas, na ONU, manifestações em todo o Brasil visam defender os direitos indígenas. Defender as sociedades indígenas é defender a própria existência
Por Felipe Milanez*, na CartaCapital
Os países precisam fazer mais para honrar e fortalecer os tratados que têm com os povos indígenas, não importa há quanto tempo tenham sido assinados, disse a chefe de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, em um comunicado para marcar o Dia Internacional da Povos Indígenas, 9 de agosto.
Lima acolherá de 7 a 13 de julho a Jornada Internacional "Povos Indígenas e Direitos”, uma das últimas a realizar-se no país antes da Conferência Mundial dos Povos Indígenas, que celebrará as Nações Unidas em 2014. O encontro reunirá líderes indígenas de mais de 20 países da América Latina e Caribe.
Cerca de 150 integrantes de sete povos do Maranhão interditaram a Estrada de Ferro Carajás, que liga as jazidas de minério de ferro da Vale ao porto de São Luís, capital do estado. O trecho da ferrovia bloqueado passa pela aldeia Maçaranduba, Terra Indígena Caru, dos Awá-Guajá e Tenetehara (Guajajara). A ocupação, ocorrida no início da tarde de quinta-feira (4), se manterá por tempo indeterminado.
Há um ano, caciques e lideranças Ava-Guarani do oeste paranaense se reuniram para tratar dos problemas de suas comunidades. Demarcação de terras, saúde e educação estiveram no centro das preocupações. No encontro, foram definidas diretrizes e reivindicações encaminhadas ao Poder Público.
O órgão especial do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) negou por unanimidade, seguindo parecer da Procuradoria Regional da República (PRR-3), recurso dos proprietários da Fazenda São Luís, em Paranhos (MS). Dessa forma, o TRF-3 confirmou decisão anterior que determinava a permanência de índios da etnia guarani-kaiowá em parte da fazenda, até o fim dos estudos de identificação e delimitação da terra, reivindicada como sendo de ocupação tradicional pela comunidade indígena Ypo''.