Composta no final da década de 70, Tanto Mar, de Chico Buarque, mostra uma espécie de carta escrita por um português no Brasil para outro português em Portugal. A chave da música é saber o que se passava, nos anos 70, em ambos os países: regime ditatorial.
Há 37 anos, no dia 25 de abril de 1974, eclodia a Revolução dos Cravos, que libertou Portugal do salazarismo, o que resultou em conquistas democráticas e avanços sociais, depois comprometidos com as sucessivas políticas de direita postas em prática. Acompanhe o comunicado da Comissão Política do Comitê Central do PCP, intitulado “Defender e afirmar Abril: Por uma política patriótica e de esquerda”, emitido na passagem do 37º aniversário da Revolução.
Na voz de Elis Regina, a canção Exaltação a Tiradentes, de Estanislau Silva, Penteado e Mano Décio, ganha cores históricas e a merecida homenagem melódica a Tiradentes, herói brasileiro. "Joaquim José da Silva Xavier/ Morreu a vinte e um de abril/ Pela independência do Brasil/ Foi traído e não traiu jamais/ A Inconfidência de Minas Gerais".
Os comunistas portugueses estão hoje reunidos em Lisboa para aprovar a estratégia do partido para as eleições legislativas de Junho. O PCP quer apostar na produção nacional, para assim promover mais emprego, e pretende também renegociar a dívida externa. Uma estratégia que os comunistas querem apresentar aos portugueses durante a campanha, percorrendo o país, num contato directo e de maior proximidade com os eleitores.
A crise econômica em Portugal já provocou a renúncia do primeiro ministro, chefe do governo, José Sócrates, e a antecipação das eleições no país. O vídeo abaixo revela os números assustadores de desempregados e a precariedade dos poucos empregados. Apesar de tratar de Portugal, o vídeo dá um dimensão do tamanho da crise econômica na Europa.
Somente a mobilização das massas pode abalar as bases da ditadura da burguesia de fachada democrática que oprime o povo português.
Por Miguel Urbano Rodrigues*
Em reunião realizada no último domingo (3), o Comitê Central do Partido Comunista Português PCP analisou a situação econômica e social de Portugal e os recentes desenvolvimentos decorrentes da renúncia do premiê José Sócrates e da dissolução da legislatura da Assembleia da República. O CC debateu e definiu, entre outros aspectos, as principais orientações em relação à intervenção do Partido nas eleições legislativas antecipadas de 5 de junho, deliberou concorrer a eles dentro da (CDU).
O presidente de Portugal, Aníbal Cavaco Silva, anunciou nesta quinta-feira (31) que aceita a renúncia apresentada em 23 de março pelo primeiro-ministro José Sócrates, e convocou eleições antecipadas para o cargo, que serão realizadas em 5 de junho.
O Brasil poderá ajudar a tirar Portugal da crise econômica. Esse é um dos principais tópicos de discussão da visita de dois dias da presidente Dilma Rousseff ao país europeu, onde deverá se encontrar com o presidente Cavaco Silva e participar de um evento em homenagem ao ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva.
A presidente Dilma Rousseff deve viajar nesta segunda-feira (28) à noite para Portugal, onde fica até quarta-feira (30). Ela vai acompanhar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que será homenageado por três instituições portuguesas. Lula e Dilma desembarcam em Lisboa no momento em que os portugueses buscam o fim do impasse em torno de uma crise política e econômica no país.
O Programa de Estabilidade e Crescimento para 2011-2014 (PEC:2011/2014) apresentado pelo governo português prevê um corte na despesa pública de € 5.679 milhões a juntar ao corte de € 3.467 milhões que já está no OE-2011. E um aumento de impostos de € 2.324 milhões a juntar aos € 1.734 milhões de euros do OE2011. Em três anos apenas o governo pretende cortar na despesa pública € 9.146 milhões e aumentar os impostos em € 4.058 milhões, o que dá € 13.204 milhões.
Por Eugénio Rosa [*]
A situação de Portugal merece lugar de destaque na edição online dos dois maiores jornais de economia do mundo, o Financial Times e o Wall Street Journal. Os dois veículos da mídia corporativa analisam a crise portuguesa a partir do víes que lhes interessa, afirmando que a entrada da ajuda externa "é inevitável".