No mesmo tom de Jair Bolsonaro, que, quando era deputado federal, criticou duramente a proposta de reforma da previdência apresentada pelo ex-presidente Michel Temer, o atual relator da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Marcelo Freitas (PSL-MG), disse na ocasião que não poderia concordar com uma reforma que é paga única e exclusivamente pelos trabalhadores.
Em poucos menos de 100 dias, o governo Bolsonaro já é avaliado como uma administração sem rumo e sem projetos para combater os graves problemas do país como o desemprego. Tudo no governo converge para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da previdência, vista como uma panaceia.
Por Iram Alfaia
A julgar por suas declarações na imprensa, o relator da Reforma da Previdência, o delegado da Polícia Federal Marcelo Freitas (PSL-MG) não está tão afinado com o que diz o líder maior do seu grupo político: presidente Jair Bolsonaro.
O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que é preciso repudiar o ato de Bolsonaro em recomendar comemorações, no dia 31 de março, em homenagem ao golpe militar de 1964. Com base nos dados da Comissão da Verdade, o senador diz que o presidente festeja a morte e desaparecimento de 434 opositores do regime e oito mil indígenas.
O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, anunciou que a entidade quer “espalhar” em todo o país o debate sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da previdência.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, deverá ir à Comissão de Constituição e Justiça de Cidadania (CCJ) da Câmara na próxima quarta-feira (3) para explicar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que propõe a alteração das regras previdenciárias. Guedes deveria ter se apresentado ao colegiado nesta terça-feira (26), mas acionou o modus operandi do governo Bolsonaro e fugiu do debate.
Por Christiane Peres, do PCdoB na Câmara
Líder do PCdoB na Câmara pela terceira vez, o deputado Daniel Almeida (BA) considera que a desarticulação do governo Jair Bolsonaro pode levar à derrota da Reforma da Previdência no Congresso Nacional. Para o parlamentar, é mentira que a proposta distribui sacrifícios a todos e acaba com supostos privilégios. Na verdade, as mudanças sugeridas maltratam pobres, sendo danosa aos trabalhadores.
Por Marciele Brum, do PCdoB na Câmara
Líderes políticos, presidentes partidários e parlamentares se reuniram, na manhã desta terça-feira (26), para apresentar à imprensa e à sociedade um documento de repúdio à aprovação da Reforma da Previdência.
Por Ana Luiza Bitencourt, do PCdoB na Câmara
A proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019 da reforma da previdência encontra cada vez mais resistência na sua tramitação na Câmara dos Deputados. Enquanto a oposição se unifica e inicia a mobilização contra a matéria, líderes de partidos da base de Bolsonaro (PR, PSD, PTB, SD, PRB) se aliaram ao MDB e ao PSDB para retirar do texto as mudanças no BPC (Benefício de Prestação Continuada), na aposentadoria rural e a desconstitucionalização do tema.
Em entrevista ao Vermelho, o presidente da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), Floriano Martins de Sá Neto, revelou que do total de R$ 1,165 trilhão, que o governo pretende economizar com aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência 6/2019, R$ 715 bilhões sairão dos trabalhadores de baixa renda do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).
Por Iram Alfaia
PCdoB, PSol, PSB, PT, PDT se reuniram nesta quinta-feira (21) para articular ações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6/2019, que altera as regras previdenciárias, apresentada pelo governo. Um novo encontro acontecerá na próxima terça-feira (26), às 11h, na Câmara, para apresentar as estratégias de luta.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), criticou a proposta de reforma da previdência dos militares enviada ao Congresso pelo governo Bolsonaro nesta quarta (20). Segundo ele, não há simetria de sacrifícios para os trabalhadores urbanos, rurais e para os militares.