O empresário Jorge Paulo Lemann é o homem mais rico do Brasil. Tem um patrimônio pessoal de US$ 29,2 bilhões segundo a revista Forbes e US$ 30,9 bilhões de acordo com o ranking de bilionários da Bloomberg. Ele e seus sócios também estão ligados a pelo menos 20 empresas abertas em países que cobram muito pouco ou nada de impostos para quem registra por lá seus negócios.
Arquivo com 13,4 milhões de documentos mostra investimentos e atividades 'offshore' de mais de 120 políticos e líderes de quase 50 países; do Brasil, Henrique Meirelles e Blairo Maggi são mencionados.
De acordo com informações publicadas pelo colunista Fernando Rodrigues, do UOL, com base em dados do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), existem 175 mil nomes vinculadas a offshores, entre pessoas físicas e jurídicas, com registros de empresas nas Bahamas, ilha no Caribe conhecida por ser um paraíso fiscal.
Os dirigentes do G20 encarregaram nesta semana a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) de entregar ao grupo no próximo ano uma lista negra de países que não colaboram na luta contra a evasão fiscal, após a cúpula realizada na China.
A Oxfam, confederação de 20 organizações que atuam em 94 países pelo fim da pobreza e da desigualdade, está em campanha pelo fim dos paraísos fiscais. Uma petição a ser entregue a líderes mundiais do G20, em reunião na China, nos dias 4 e 5 de setembro, coleta assinaturas pelo site da entidade. Para a organização, esse sistema beneficia uma ínfima minoria de pessoas muito ricas e prejudica milhões de pessoas.
O mesmo ministro holandês que pressionou Espanha e Grécia para adotarem as medidas de austeridade tem transformado a Holanda num grande paraíso fiscal.
Por Vicenç Navarro *, na Carta Maior, via Other News
Poderosas instituições financeiras internacionais, designadamente o BNP Paribas, AIG e a União dos Bancos Suíços (UBS), esta de maneira encoberta, estão se instalando no Marrocos, onde a casa real gere diretamente a criação, em Casablanca, do que pretende ser o principal centro financeiro pan-africano.
Por Armando Vicente, de Casablanca para Jornalistas sem Fronteiras
Uma investigação conjunta de um coletivo de jornalistas investigativos provocou um severo abalo nos países e regiões conhecidos como “paraísos fiscais”. Foi publicada na manhã desta quinta-feira (4) uma lista com informações de milhares de registros internos dando nomes e valores de fortunas de milionários em contas guardadas nesses locais, em especial as Ilhas Virgens Britânicas.
Por João Novaes
A confirmação de que o ex-ministro de Orçamento e Fazenda do governo francês, Jérôme Cahuzac, tinha uma conta bancária na Suíça, atingiu em cheio o governo de François Hollande e expôs uma trama maior sobre o esquema mundial de lavagem de dinheiro. Uma investigação do Consórcio independente de jornalistas investigativos, levantou 130 mil contas “offshores” em nome de políticos e empresários de todo o planeta que usam as Ilhas Caiman para sonegar impostos.
Por Eduardo Febbro, de Paris.
Um punhado de ultrarricos esconde em paraísos fiscais um volume de riqueza que pode variar entre US$ 21 e 32 triilhões. Um volume tão grande que, a ser efetivamente contabilizado, não apenas alteraria profundamente a atual quantificação da desigualdade de rendimentos, como converteria alguns dos países mais pobres do planeta de devedores em credores.
Por Sarah Jaffe, em Odiario.info
Os super-ricos brasileiros detêm o equivalente a um terço do Produto Interno Bruto – a soma de todas as riquezas produzidas do país em um ano – em contas em paraísos fiscais, livres de tributação. Trata-se da quarta maior quantia do mundo depositada nesta modalidade de conta bancária.
Este trabalho pretende realizar uma aproximação à situação da lavagem de dinheiro e dos paraísos fiscais no continente americano, relacionado com o crime organizado transnacional, particularmente com o vinculado ao tráfico ilícito de drogas (TID).
Por Alejandro L. Perdomo Aguilera*