O secretário de Relações Internacionais do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Ricardo Abreu Alemão, escreveu uma carta em homenagem a Oscar Niemeyer, quando ele completou 100 anos, em 2007. Segundo Alemão, Niemeyer foi um dos maiores comunistas brasileiros também exemplo de artista e de vida.
O professor Francisco Batista Pantera, que também é jornalista, poeta e membro da Direção Estadual do PCdoB/RO, enviou um tributo ao arquiteto Oscar Niemeyer, produzido em setembro deste ano. O texto foi publicado originalmente no Portal da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). O autor fez uma versão atualizada e mandou ao Vermelho, que reproduz abaixo.
“Para o PCdoB a história de uma figura do relevo de Niemeyer tem um grande significado. De modo que o PCdoB pretende homenageá-lo batizando o edifício da sede nacional do Partido Comunista do Brasil de ‘Edifício Oscar Niemeyer’”, falou com emoção de Brasília, para o programa “Palavra do Presidente”, Renato Rabelo.
Joanne Mota, da Rádio Vermelho em São Paulo
A União Nacional dos Estudantes se despede de Oscar Niemeyer com a certeza de ter convivido, nas últimas décadas, com um dos brasileiros mais marcantes para a história da humanidade. Ao doar sua luta e seus traços para a UNE e para outras causas sociais às quais devotava-se, Oscar encontrou um equilíbrio entre arte e política, sonho e realidade, pensar e agir, talento e militância, sabendo exatamente a dimensão de seu legado para a transformação de todo um povo.
Pouca gente sabe, mas é no Quinta dos Lázaros, cemitério popular de Salvador, que está exposta uma das duas obras que o arquiteto Oscar Niemeyer, morto na última quarta-feira (5/11), tem na Bahia. Lá, em meio a uma imensidão de sepulturas, qualquer funcionário sabe apontar com precisão uma das lápides mais ilustres do local: “A de Marighella? É aquela, logo ali na frente”, indica o vigia.
Confira as palavras da presidenta estadual do PCdoB, Ana Rocha, sobre Oscar Niemeyer.
Para ele, a vida era um sopro, considerava-se um homem comum e dizia que não representava grande coisa ter ultrapassado a idade de cem anos. O mais importante, afirmava, é a solidariedade.
A líder do PCdoB na Câmara, deputada Luciana Santos (PE), lamentou a morte do arquiteto Oscar Niemeyer, aos 104 anos, na noite dessa quarta-feira (5). “Oscar Niemeyer é o símbolo da persistência de um sonho, pois em nenhum momento da sua vida ele deixou de acreditar no socialismo. A capacidade de imaginação dele atravessou mares e continentes, formando gerações e gerações de arquitetos e sonhadores. Para nós, comunistas, sua trajetória é um honroso marco na nossa luta.”
Nesta quinta-feira (6), o Vermelho abre espaço para homenagens feitas ao arquiteto Oscar Niemeyer. Inácio Carvalho, do Vermelho no Ceará, lembrou de um cordel feito para ele, quando completou 100 anos. A obra é do escritor e poeta Gustavo Dourado, que segue abaixo.
Na noite de quarta-feira, 5 de dezembro, como diria o escritor Guimarães Rosa, uma notícia de grande morte se espalhou pelo Brasil e pelo mundo. As mãos do arquiteto Oscar Niemeyer, sempre irrequietas, em estado de criação sobre a prancheta, quedaram e foram pousadas sobre seu coração que parou de bater aos 104 anos.
O corpo do arquiteto Oscar Niemeyer deixou o Rio de Janeiro no avião presidencial nesta quinta-feira (6), às 13 horas, e tem pouso previsto na Base Aérea de Brasília para as 14h20m, quando segue em cortejo pelo Eixo Rodoviário até o Palácio do Planalto. Às 15 horas, a presidenta Dilma Rousseff prestou sua última homenagem ao arquiteto. O velório no Palácio do Planalto será aberto ao público às 16 horas e encerrado às 20 horas.