É grotesco Doha ser acusada de financiar o terror pelos maiores propagadores do extremismo islâmico no mundo, os sauditas. Mero disfarce para disputa de poder entre príncipes árabes.
Por Bachir Amroune, da DW
As potências do Golfo voltaram as costas para Doha, sob a acusação de apoio ao terrorismo. Mas os antecedentes apontam para uma antiga rivalidade regional, protagonizada pela Arábia Saudita e, agora, fomentada por Trump.
A Arábia Saudita e cinco dos seus aliados mais próximos cortaram as relações diplomáticas e encerraram as fronteiras com o Qatar justificando a decisão com as ligações e apoio a grupos terroristas e ao Irã, numa ação sem precedentes nos últimos anos de tensão entre os dois lados. Entre as primeiras reações, as mensagens de apaziguamento e de apelo ao diálogo partiram do secretário de Estado norte-americano Rex Tillerson e do Irã.
Ali Fakhru, diplomata de Bahrein, ex-ministro da Saúde e Educação e membro da Organização Anticorrupção Árabe comenta a ruptura de relações diplomáticas com Qatar.
O líder do Partido de Deus (Hezbolá) do Líbano fez uma intervenção na emissora de televisão libanesa al-Manar, expondo a situação dos prisioneiros palestinos e o terrorismo praticado contra a Síria e o Iraque e o papel decisivo dos Estados Unidos, Europa e Israel nestas questões que envolvem o Oriente Médio
O rei Salman bin Abdulaziz, da Arábia Saudita, considerou nesta terça-feira que a reunião que o presidente estadunidense Donald Trump realizará em Riad, capital do país, com líderes de 30 nações árabes e islâmicas será exitosa no sentido de reforçar a cooperação.
Deveriam estar nas salas, junto com a sua família e com sonhos próprios de quem dá os primeiros passos pela vida, no entanto, para esses meninos a realidade é bem diferente, portam armas em lugar de lápis, estão longe de seus seres queridos, e a incerteza, o medo e o ódio induzido vivem em suas mentes.
Por Waldo Mendiluza*, na Prensa Latina
Tentar compreender o que se passa no Médio Oriente sem ter em conta a natureza do imperialismo e as suas ambições hegemônicas é condenar-se a não perceber o essencial.
O ano de 2016 representou, em todo o Oriente Médio, mais um passo em direção ao caos que os estrategistas de Washington e do poder absoluto dos Estados Unidos sobre a globalização – independentemente do ocupante da Casa Branca – dizem ser construtivo.
Por José Goulão, no Abril Abril
O desfecho do conflito sírio, que envolve EUA, China e Rússia, será importante para definir o que virá pela frente no século 21.
Por Ricardo Alemão Abreu*
O grande repórter e analista do Oriente Médio Patrick Cockburn examina as possíveis reviravoltas na região, após o golpe na Turquia, e, em entrevista a Antonio Martins, do Outras Palavras, também esclarece: jamais defendeu arbitrariedades do governo Temer.
Acho que um julgamento em Nuremberg seria melhor local para analisar as minúcias dos crimes Blair-Bush que todos os britânicos cometemos ao ir à guerra no Oriente Médio. Causamos a morte de mais de meio milhão de pessoas, a maioria das quais muçulmanos, tão completamente inocentes quanto Blair foi culpado.
Por Robert Fisk, no The Independent