Logo após o anúncio de um acordo de reconciliação entre os palestinos, na manhã desta terça-feira (23), o governo israelense reagiu: cancelou uma reunião marcada para o mesmo dia, entre a sua delegação diplomática e a da Autoridade Palestina. Nos últimos dias, a tentativa de Israel de barrar a reconciliação palestina incluiu advertências e ataques aéreos à Faixa de Gaza, também registrados nesta terça, quando foram relatados cerca de 10 feridos.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o partido islâmico Hamas, que governa a Faixa de Gaza, assinaram o esperado acordo de reconciliação nesta quarta-feira (23), para finalizar o período de sete anos de divisão entre os principais partidos políticos palestinos. Em declarações à imprensa local, representantes disseram que as delegações trabalharam como “um time” nas diversas reuniões e que a data para eleições gerais já foi discutida.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O presidente palestino Mahmoud Abbas abordou a extensão das negociações com Israel, nesta terça-feira (22), para a qual a demarcação das fronteiras é primordial. Na política doméstica, a imprensa focou na reunião entre parlamentares da Cisjordânia com o Hamas, que governa a Faixa de Gaza, nos esforços de reconciliação nacional, enquanto o governo de Israel lançou ataques aéreos ao território. O fim do prazo para os diálogos se aproxima sem resultados.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
O parlamentar palestino Mustafa Barghouti foi impedido de entrar na Faixa de Gaza pela travessia de Erez, controlada por Israel, de acordo com uma fonte oficial da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), citada pela agência palestina de notícias Ma’an, nesta segunda-feira (21). Barghouti compõe uma delegação governamental que se dirige a Gaza para as conversações com o governo do território litorâneo, no contexto dos esforços pela reconciliação nacional.
Novas informações indicam que o presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse estar disposto a estender as negociações com Israel até o final do ano, caso os três primeiros meses – a partir do prazo estabelecido anteriormente, 29 de abril – sejam dedicados à demarcação das fronteiras. Abbas também exigiria a suspensão da construção de colônias israelenses em território palestino e a libertação do último grupo de prisioneiros palestinos, conforme o compromisso assumido pelo governo de Israel.
Nesta quinta-feira (17) se comemora o Dia dos Prisioneiros, questão central na luta dos palestinos pela libertação da ocupação militar israelense. Movimentos populares denunciam não apenas o abuso prático das forças israelenses, mas também o aparato jurídico sobre o qual se sustentam “detenções administrativas” arbitrárias e torturas. No fim das negociações entre Autoridade Palestina e Israel, o tema inclui-se no debate sobre o fracasso da diplomacia.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Representantes diplomáticos da Autoridade Palestina e de Israel reuniram-se neste domingo (13), novamente, sem um acordo sobre a continuidade das negociações, que chegam ao prazo final após meses de estagnação. O governo israelense avança na discussão sobre a tomada histórica e a anexação de territórios palestinos, com a extrema-direita pressionando pelo fim da diplomacia, enquanto os palestinos mantêm a alternativa de recorrer às Nações Unidas.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Uma pesquisa de opinião conclui que, no fim das negociações entre Israel e a Autoridade Palestina (AP), a direita israelense, que tem atuado agressivamente durante o processo, ganha apoio político. Depois de a AP apelar às Nações Unidas em alternativa à postura do governo israelense, o ministro da Economia de Israel Naftali Bennett pede a anexação de territórios palestinos e ameaça a coalizão de governo caso o prazo para as negociações seja estendido.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
Leila Khaled integra a Frente Popular pela Libertação da Palestina (FPLP) e ficou conhecida por seu papel na resistência, com a tomada de um avião, em 1969. Ela foi detida e torturada pelas forças israelenses junto com o companheiro nicaraguense Patrick Arguello, quando tentavam repetir a ação em 1970, e Leila viu Arguello ser executado. No início do mês, a militante, hoje parlamentar, deu uma entrevista a Frank Barat, para o coletivo Le Mur a des Oreilles (“O Muro tem Ouvidos”).
Nesta quarta-feira (9), o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, enviou documentos oficiais aos signatários de 10 convenções internacionais diferentes ligadas à organização, para indicar o recebimento da candidatura da Autoridade Palestina (AP). Ban informou que o Estado da Palestina seria considerado parte das convenções a partir de 2 de maio. Ainda na quarta, porém, Israel anunciou sanções à AP pela medida.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho
A Liga de Estados Árabes afirmou, em declaração divulgada nesta segunda-feira (7), que rejeita as pressões contra o presidente palestino Mahmoud Abbas, para barrar as tentativas da Autoridade Palestina (AP) de aceder a organizações internacionais e para estender o prazo das negociações com Israel. O presidente Abbas chegou ao Egito nesta terça-feira (8), para uma reunião com os chanceleres árabes, onde discute os últimos desdobramentos do processo diplomático substancialmente estagnado.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, do partido colonialista e de extrema-direita “Israel é Nosso Lar”, sugeriu a realização de novas eleições no país, na reta final das negociações com a Autoridade Palestina (AP). Lieberman, apesar de declarar favorecer a solução da questão, promove posições racistas e de fortalecimento da ocupação dos territórios palestinos, com postura agressiva e desestabilizadora do seu próprio governo.
Por Moara Crivelente, da Redação do Vermelho