Um rockeiro milionário sorridente e uma piada de mau gosto. Foi esse cenário que a revista Exame usou para fazer a defesa da Reforma da Previdência: "O que você e ele tem em comum. Talvez não seja a fama, nem os oito filhos. Mas, assim como Mick Jagger, você terá que trabalhar velhice adentro. A boa notícia, preparando-se para isso, será ótimo", diz a capa do periódico, naturalizando as ações do governo Temer, que retira direitos históricos do brasileiro, tudo muito aceitável.
Por Laís Gouveia
O preconceito e conservadorismo atingem níveis alarmantes no país. No último episódio de intolerância, a jornalista Fabélia Oliveira, apresentadora do do programa “Sucesso no Campo”, da TV Record de Goiás, resolveu destilar ofensas aos cariocas, sambistas, defensores do meio ambiente e até aos indígenas. Segundo ela, índios devem seguir à risca sua cultura, não podendo usar das tecnologias ou remédios, devendo, portando, morrer de malária, tétano ou no momento do parto.
Raras vezes, se é que alguma, o Brasil foi regido como agora por homens tão sem noção de decência pública.
Por Paulo Nogueira*
Em entrevista ao Estadão, o cientista político Luiz Werneck Vianna, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio, analisa a atual conjuntura política do país destacando que a atual crise política é fomentada pela manipulação de juízes e procuradores que se comportam como “tenentes de toga”, numa comparação com os militares dos anos 1920.
O presente artigo tem como tema o papel desempenhado pelos meios de comunicação, notadamente a imprensa, no processo que culminou com a destituição da presidente Dilma Rousseff do cargo, em agosto de 2016.
Quando Marcelo Crivella ganhou as eleições no Rio de Janeiro, neste ano, o pastor Silas Malafaia avacalhou, no Twitter, com o Globo, a Veja, o PT, o PSOL, o candidato derrotado Marcelo Freixo, a esquerda e bradou um ''Chora Capeta'' – assim mesmo, sem vírgula separando o vocativo.
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog
Não tinha me dado conta, em 30 anos de redações vividos sobretudo na Abril, do poder destruidor da imprensa. Só consegui enxergar as coisas de fora. Verdade que o jornalismo de guerra é uma coisa relativamente nova.
Por Paulo Nogueira*, no Diário do Centro do Mundo
Boa parte dos sites de notícias falsas que pipocaram durante as eleições americanas foram criados em uma pequena cidade na Macedônia onde adolescentes publicam histórias sensacionalistas para ganhar dinheiro com publicidade.
Por Emma Jane Kirby, na BBC News
Resta saber agora até quando a mídia conseguirá camuflar os efeitos da PEC 55 dourando a pílula de uma realidade que se avizinha trágica.
Por Laurindo Lalo Leal Filho*, na Carta Maior
Somente um jornalão, o Globo, adotou até agora o partido editorial de analisar casos concretos de pessoas que sofrerão modificações para pior com as novas regras previdenciárias previstas na reforma pretendida pelo governo e encaminhada ao Congresso, ainda que isto contrarie sua linha editorial que é francamente favorável à reforma.
A juíza Simone Gastesi Chevrand, da 25ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, condenou o jornalista Marcelo Rezende e a Rede Record de Televisão, na última sexta-feira (25), a indenizar os trabalhadores da Petrobras em R$ 200 mil por danos morais coletivos, após chamá-los de "bandidos arrumados" durante uma edição do programa policial Cidade Alerta.
Um dos principais argumentos usados pelos contrários ao impeachment da Presidente Dilma Rousseff era que ele daria poderes imediatos aos políticos de Brasília verdadeiramente corruptos — a principal força por trás do impeachment — que, então, usariam esse poder para interromper as investigações de corrupção e se proteger das consequências de seus crimes.
Por Glenn Greenwald*