Catorze de março de 2019. Há um ano, um crime bárbaro chocou o país. Uma vereadora foi assassinada, junto com seu motorista, com diversos tiros. Às vésperas do “aniversário” do crime, os assassinos foram presos, mas o mandante segue desconhecido. Num ato realizado na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (14), parlamentares de diferentes legendas fizeram a pergunta que não quer calar: “Quem mandou matar Marielle?”.
Por: Christiane Peres
Sem que o caso esteja totalmente desvendado, faz um ano nesta quinta (14) dos assassinatos da vereadora Marielle e do motorista Anderson. Com a prisão dos suspeitos das execuções, o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, logo surgem as cobranças: Quem matou matar? Qual o motivo?
Nesta quinta (14), completa-se um ano do assassinato da vereadora do Psol-RJ e do motorista Anderson Gomes. Pelo menos 25 cidades organizam homenagens.
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A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), líder da Minoria na Câmara, falousobre a apuração do crime contra a vereadora Marielle Franco. Ela afirmou que um ano depois do assassinato, dois homens são presos mas ainda não se sabe quem mandou. “Cada hora aparecem mais vínculos político-familiares e territoriais. E é fundamental que eles de fato apareçam”. Para ela “ não é possível que neste Estado Democrático de Direito combalido e violado, este crime político ocorra sem que essa resposta seja dada".
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz que basta achar o tesoureiro do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, milicianos presos sob acusação dos assassinatos da vereadora Marielle e o motorista Anderson, para que o caso seja totalmente desvendado.
Numa operação que começou por volta das 4h30, tendo um dos endereços o mesmo condomínio onde mora o presidente Bolsonaro, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio, foram presos o policial militar reformado Ronnie Lessa, 48 anos, e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, 46 anos, ambos acusados da morte da vereadora Marielle e do motorista Aderson.
Prestes a completar um ano, a execução da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, continua sem respostas. Nesta quinta-feira (21), uma operação da Polícia Federal pôs sob dúvida a principal linha de investigação da Polícia Civil. Depois de cumprir oito mandados de busca e apreensão, a PF acredita que houve obstrução das investigações do crime. A operação também evidencia outra hipótese para o homicídio, envolvendo políticos da Assembleia Legislativa.
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Ocorrido em 14 de março de 2018, o crime teria sido cometido por servidores da ativa da Secretaria de Segurança Pública e outros que já foram excluídos. Segundo fontes do governo, os criminosos fazem parte do grupo conhecido como 'Escritório do crime'
Parlamentares podem elevar o tom das discussões em plenário nesta semana. Denúncias contra a família do futuro presidente, Jair Bolsonaro (PSL), e novas indicações para ministérios do governo serão alvos dos embates entre a oposição e a bancada bolsonarista.
Parlamentares e familiares lembram luta de Marielle e cobram respostas sobre o crime.