Na sentença em que condena Lula, o juiz Sérgio Moro transcreveu e elogiou um princípio lapidar extraído do Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional: "a responsabilidade criminal há que ser provada acima de qualquer suspeita razoável".
Por Haroldo Lima*
O Instituto Lula divulgou um comunicado neste domingo (23) destacando que a previdência privada mantida pelo ex-presidente com recursos de suas palestras, e bloqueada pelo juiz Sergio Moro na semana passada, tem origem 100% lícita.
Parecia uma manhã de domingo, a avenida Paulista fechada e ocupada por milhares de pessoas e vários grupos artísticos se apresentando, só que não. Na noite de quinta-feira (20), mais de 20.000 pessoas estavam lá em defesa da democracia brasileira e da soberania do seu povo. E não foi só em São Paulo. Em todo o país, o povo foi às ruas para defender a democracia, as Diretas Já e apoiar o ex-presidente Lula, condenado injustamente na semana passada.
O juiz Sérgio Moro comparou o caso do ex-presidente Lula ao do ex-deputado Eduardo Cunha, ambos condenados em primeira instância na Lava Jato. A comparação foi feita na terça-feira, quando Moro publicou um despacho respondendo aos argumentos da defesa do ex-presidente.
Daniel Giovanaz* para o Brasil de Fato
Ex-presidente afirma em ato em São Paulo que condenação na Lava Jato é infundada e sustenta outros interesses: “Como não podem me derrotar na política, querem me derrotar com o processo”.
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ingressou nesta quinta-feira, 20, com recurso no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) contra a decisão do juiz Sérgio Moro que sequestrou bens e valores de Lula, incluindo recursos de planos de aposentadoria privada do ex-presidente.
Milhares de manifestantes ocupam a Avenida Paulista, em frente ao Masp, em São Paulo. Os presentes criticam a agenda de reformas do governo de Michel Temer (PMDB) e estão em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pelo juiz Sergio Moro no âmbito da Operação Lava Jato relativo ao processo envolvendo o tríplex do Guarujá.
“O bloqueio de bens do Lula não tem nenhum sentido. É só para acabar com a imagem dele no Brasil e no mundo”, afirma o advogado e professor de direito constitucional da PUC-SP Pedro Estevam Serrano; em entrevista exclusiva para a RFI nesta quarta-feira (21), o especialista decorre sobre as possíveis razões por trás das acusações e da condenação do ex-presidente Lula e diz que “não é possível fazer uma análise jurídica do assunto, pois ele não tem a Constituição como referência”.
Ex-presidente afirma, em entrevista a canal de José Trajano no Youtube, que quer voltar a ser presidente “para provar que é possível recuperar este país”. Ele comenta sobre possíveis adversários e sobre a sentença do juiz Sergio Moro.
Cerca de duas mil pessoas se reuniram no centro de Recife nesta quinta-feira (20) para reivindicar eleições Diretas Já, denunciar as reformas do presidente Michel Temer e protestar contra a condenação sem provas do ex-presidente Lula, sentenciado pelo Juiz Sérgio Moro a nove anos e seis meses de prisão em processo da Lava Jato.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Guilherme Boulos, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) afirmou que as manifestações desta quinta-feira (20) dão continuidade às ações de combate às propostas de reforma do governo Temer e servem para denunciar o "descalabro" que foi a aprovação da reforma trabalhista na última semana. O dirigente afirmou também que os atos protestam contra a condenação política do ex-presidente Lula na Lava Jato e pedem eleições Diretas Já.
O pedido de sequestro dos bens e o bloqueio de contas bancárias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito da operação Lava Jato, “é um absurdo e uma chicana”, segundo o ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão, que integrou o Ministério Público Federal de 1987 a 2017.
Por Eduardo Maretti, da RBA