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Tag: Literatura latino-americana

O impacto de Cem Anos de Solidão na literatura hispano-americana

O escritor colombiano Gabriel García Márquez faleceu no dia 17 de abril de 2014, aos 87 anos, na Cidade do México. Os relatórios médicos apontaram como causa da morte um quadro infeccioso decorrente de uma pneumonia. Na realidade, o autor lutava já há alguns anos contra um câncer persistente que atingia os seus pulmões, os gânglios e o fígado. E, ao que tudo indica, desde 2012, sua memória parecia falhar e evoluir para um quadro geral de demência.

Por Felipe de Paula Góis Vieira*

A ourivesaria de Cem Anos de Solidão

Foi numa terça-feira de 1965. Gabriel García Márquez tinha acabado de voltar de um fim de semana em Acapulco (México) com sua mulher e seus dois filhos quando, fulminado por um “cataclismo da alma”, sentou-se diante da máquina de escrever e, como ele mesmo se recordaria anos mais tarde, não se levantou até o início de 1967. Naqueles 18 meses, todos os dias, das nove da manhã às três da tarde, o escritor colombiano gestou Cem anos de solidão.

Por Jan Martínez Ahrens

Juan Rulfo, 100 anos: uma memória fantasma

Nesta terça-feira (16), Juan Rulfo completaria 100 anos, trazemos um conto inédito do escritor contemporâneo Juan Pablo Villalobos (prêmio Herralde de Literatura) sobre a memória do autor de Pedro Páramo.

Cem anos de solidão de Aracataca-Macondo

Aracataca não é uma cidade, é um estado de espírito. Um portal para se acessar tempos remotos e entender a vida urbana em seus primórdios, quando as casas tinham piso de terra batida e paredes de barro, as invenções eram trazidas por ciganos, os vizinhos eram parentes e o mundo era tão recente que as coisas careciam de nome.

Por Ana Magalhães

O livreiro ambulante que herdou 300 obras de Gabriel García Márquez

No meio de uma tarde sonolenta, um dos muitos celulares de Martín Murillo tocou várias vezes sem ser atendido. Uma amiga de Mercedes Barcha, a viúva de Gabriel García Márquez, estava procurando por ele para dar um recado. Murillo estava viajando por uma das cidades perdidas no sul de Bolívar. A Gaba, por outro lado, estava hospedada em sua casa em Cartagena das Índias. Fazia pouco mais de um ano que o Prêmio Nobel tinha morrido e queria dar um presente.

Por Elizabeth Reyes L.

Morre Ricardo Piglia, clássico contemporâneo da literatura argentina

 O escritor argentino Ricardo Piglia morreu aos 75 anos. Leitor, crítico, editor, roteirista de cinema, professor de literatura e, principalmente, narrador, Piglia nasceu em Adrogué, na província de Buenos Aires, em 24 de novembro de 1941. 

 31 anos sem Juan Rulfo: Hipóteses sobre o silêncio

Este domingo marca 31 anos sem o escritor e fotógrafo mexicano Juan Rulfo (1917-1986). Lançou apenas dois livros: El llano en llamas, de contos; e o romance Pedro Páramo, responsável por torná-lo nome essencial dentro da literatura hispano-americana. Depois disso, decidiu não mais escrever. Neste artigo, que agora republicamos, a pesquisadora Theresa Bachmann analisa os possíveis motivos de seu silêncio autoimposto.

Gabriel García Márquez, o primeiro Nobel a defender a paz na Colômbia

Ele sonhou com o fim da “solidão da América Latina” e empenhou sua vida e sua obra a denunciar a guerra em seu país e as injustiças em decorrência dela. Ao receber o Prêmio Nobel de Literatura em 1982, expôs ao mundo um continente dilacerado por décadas de ditaduras e conflitos e ousou desejar às “raças condenadas a cem anos de solidão, uma segunda oportunidade sobre a terra”.

Por Mariana Serafini

Eduardo Galeano, a voz da fraternidade

Despertar o espírito de libertação, contar pequenas histórias que ajudam a enxergar a grande, sensibilizar sobre as razões para chorar e as razões para rir de nossa realidade comum: esses foram os objetivos de Eduardo Galeano. O escritor uruguaio nos apresentou a evocação da cultura popular à celebração dos horizontes a expandir.

Por Sébastien Lapaque*

Brasil, uma novela ruim

As telenovelas brasileiras sempre se guiam por um código dramático e ético: embora os heróis passem por terríveis dificuldades e recebam os mais duros golpes, ao final a justiça e a verdade sempre saem vitoriosas. É por isso que elas são telenovelas, e fazem sucesso nas mais diferentes culturas. Mas a realidade, como sabemos, costuma avançar por meio de outros mecanismos, mesmo quando se trata da realidade brasileira.

Por Leonardo Padura*

Seis livros fundamentais de Julio Cortázar

Considerado um dos mais importantes escritores latino-americanos, Julio Cortázar nasceu em Bruxelas em 26 de agosto de 1914 e, aos 4 anos, mudou-se para a Argentina, país de origem de seus pais e cuja nacionalidade acabou por adotar.

O cearense que inspirou o personagem Quincas Berro D´Água

No livro A Morte e a Morte de Quincas Berro D´Água, Jorge Amado escreve: "Quando um homem morre, ele se reintegra em sua respeitabilidade a mais autêntica, mesmo tendo cometido loucuras em sua vida. A morte apaga, com sua mão de ausência, as manchas do passado e a memória do morto fulge como diamante".

Karoline Viana*

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