Ao completar 10 anos, Lei de Cotas traz avaliação de diversos setores que reafirmam sua efetividade como política afirmativa.
Conhecido pelo trabalho de defesa das minorias, Ewerton analisa a importância da Lei de Cotas que completou 10 anos, dá o seu relato como cotista e fala sobre racismo no sistema judicial.
Democratização do acesso também é marca e trouxe diversificação racial e socioeconômica. Deputado Orlando Silva e Edson França da Unegro comentam.
Candidatos à presidência tem opiniões diferentes sobre Lei de Cotas que faz 10 anos e deve ser revista. Como Lula, Ciro e Tebet apoiam permanência em plano de governo.
PP e Republicanos manifestaram-se contrários à discussão sobre a matéria, que acabou ficando para agosto, a data limite para a revisão da legislação.
Ao comemorar sucesso dessa política afirmativa e propor seu aperfeiçoamento, a presidente da UNE, Bruna Brelaz, aponta para os problemas atuais de sucateamento das universidades promovida pelo governo Bolsonaro.
A pressão feita por centenas de estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), que ocupam o prédio da reitoria desde a tarde de quinta-feira, surtiu efeito. Os alunos protestam contra uma proposta de alteração na política de cotas da instituição, que seria votada na manhã da última sexta-feira pelo Conselho Universitário (Consun). Com a ocupação e os protestos, no entanto, os planos mudaram, e a universidade decidiu adiar a votação. O parecer será apreciado amanhã, às 8h30min.
A capital paulista foi tomada, nesta quinta-feira (24), foi tomada por diversas atividades que marcam os 23 anos da Lei de Cotas, que promove a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho em todo o Brasil. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Lei de Cotas exige que as empresas com mais de 100 funcionários destinem porcentagem de vagas para pessoas com deficiência. O desrespeito à lei gera multas que variam de R$ 1.812,87 a R$ 181.248,63.
Ao sancionar nesta segunda-feira (9) a lei que reserva aos negros 20% das vagas de concursos públicos federais do Poder Executivo, a presidenta Dilma Rousseff disse esperar que a medida sirva de exemplo para a adoção de normas similares nos demais Poderes, entes federados e na iniciativa privada.
Esta edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) tem 44% das vagas destinadas a ações afirmativas. Das 171 mil vagas ofertadas pelo programa, 37,4% são destinadas à Lei Federal de Cotas – que prevê que este ano pelo menos 25% das vagas sejam preenchidas por estudantes que cursaram o ensino médio em escolas públicas. Além disso, 6,5% são para ações afirmativas próprias das instituições.
Na avaliação do pesquisador da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) André Lázaro, o sistema de cotas ainda é bastante restrito no país e não atinge nem um terço das matrículas no ensino superior. O debate ocorreu durante o 14º Conselho Nacional de Entidades de Base (Coneb) da UNE que acontece em Pernambuco.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, deve aprovar nos próximos dias a proposta de cotas desenhada por USP, Unesp e Unicamp, que reserva 50% das vagas do vestibular a estudantes do ensino médio público.