O sociólogo Jessé Souza, autor do livro "A Radiografia do Golpe", que acaba de ser publicado, descreve um dos fatores que culiminou no afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República: "a elite econômica – com seus dois braços, o Congresso comprado e a grande imprensa sócia da rapina – criou uma base social conservadora junto à fração da alta classe média".
A bancada do PT no senado divulgou nota oficial, nesta quarta-feira (28), para manifestar apoio à senadora Gleisi Hoffmann após decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de acatar denúncia contra ela e seu marido, o ex-ministro Paulo Bernardo na Operação Lava Jato. Os senadores manifestam confiança na Justiça e na inocência de Gleisi que “sofre constrangimentos e perseguições pela criminalização seletiva, arbitrária e vazia”, diz a nota.
“Eu lamento que o Brasil esteja passando por isso, e nós vamos fazer denúncia internacional, porque temos que mostrar ao mundo que a democracia novinha do Brasil, a frágil democracia brasileira está passando por uma ação continuada de golpe”, anunciou a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR-foto). Ela avalia que a Operação Lava Jato está “completamente fora dos trilhos” e perde a credibilidade do povo ao ceder a motivações políticas.
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), e o vice-líder da Minoria, deputado Carlos Zarattini (SP), protocolaram nesta terça-feira (27) requerimento junto à Mesa Diretora da Câmara de convocação do ministro da Justiça, Alexandre Moraes. O objetivo é ouvir o ministro no plenário da Casa sobre a interferência do governo ilegítimo de Michel Temer na Operação Lava-Jato da Polícia Federal e o vazamento de informações sigilosas.
“Não precisa ser Mãe Dináh para vaticinar e até já constatar que está em curso no Brasil a implantação de um regime autoritário e discricionário desde o golpe do impeachment da presidente Dilma. Estamos caminhando a passos largos para um regime de exceção”.
Por *Arruda Bastos
A partir desta terça-feira (27), eleitores não podem ser presos ou detidos, salvo em flagrante ou para cumprimento de sentença criminal. A regra está prevista no Código Eleitoral, que entrou em vigor em 1965 e serve para garantir a liberdade do voto. Na prática, a Operação Lava Jato não pode cumprir nenhum mandado de prisão até a semana que vem, para evitar nulidades nos processos criminais.
Parlamentares do PT, do PCdoB, Rede e PSB no Senado e o líder do PT na Câmara, deputado Afonso Florence (BA), entraram nesta segunda-feira (26) com uma ação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando a apuração da conduta do ministro da Justiça, Alexandre Moraes. No documento os parlamentares pedem que o ministro seja investigado pela prática de violação de sigilo funcional (artigo 325, Código Penal) e da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92).
A ditadura em marcha passou a exibir, desde o último fim de semana, um elemento novo, tenebroso e escandaloso: o atual ministro da Justiça, já reconhecido protagonista de inúmeros atos antidemocráticos, travestiu-se agora, fora da lei, em arauto de operações policiais, em pregoeiro de ações de polícia a serviço de interesses eleitorais.
Por Patrus Ananias*
O deputado Afonso Florence (BA), líder da bancada do PT na Câmara, o senador Humberto Costa (PE), líder da Bancada do PT no Senado, e a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) entraram na tarde desta segunda-feira (26) com uma representação, na Comissão de Ética da Presidência da República, contra o ministro golpista da Justiça, Alexandre de Moraes, pedindo sua imediata exoneração do cargo.
O ex-deputado e ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil Antonio Palocci é acusado de receber propina para trabalhar pela Odebrecht dentro do governo e no Congresso Nacional. Mas como não foram encontradas provas do recebimento dessas quantias, Palocci deve ficar preso, “enquanto não houver tal identificação”.
Por Pedro Canário, do Conjur
O coordenador geral do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, usou o seu perfil no Facebook nesta segunda-feira (26) para criticar o uso político da Lava-Jato. Segundo Boulos, é necessário entender a gravidade dos abusos e a seletividade da operação.
Ao exemplo do que ocorreu no Senado, os deputados Paulo Teixeira (SP) e Paulo Pimenta (RS), ambos do PT, apresentaram requerimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados convocando o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, a prestar esclarecimentos sobre as declarações dele em ato político em Ribeirão Preto (SP), neste final de semana, adiantando nova fase da Operação Lava Jato.