Familiares da líder indígena e ativista ambiental hondurenha Berta Cáceres, assassinada na última quinta-feira (3), divulgaram um comunicado neste domingo (6) onde responsabilizam empresas transnacionais e o Estado hondurenho pela morte dela.
Em resposta assassinato de uma das maiores líderes indígenas da América Latina, a hondurenha Berta Cáceres, o movimento Sem Terra (MST) convoca para esse sexta-feira (4), uma manifestação em frente da Embaixada de Honduras em Brasília, às 10h, para repudiar o ato de barbárie contra os direitos humanos.
A coordenadora do Conselho Cívico de Organizações Populares e Indígenas de Honduras (Copinh), Berta Cáceres, foi assassinada em sua casa na madrugada desta quinta-feira (3) em La Esperanza, na região oeste do país. Segundo as primeiras informações relatadas por fontes locais, homens não identificados e armados invadiram a casa de Cáceres enquanto ela dormia e a mataram e feriram seu irmão.
O presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, declarou nessa segunda-feira (1º) estado de emergência nacional devido à propagação do vírus Zika, que afetou 3.700 pessoas no país desde dezembro.
A confirmação do envio de um novo contingente de marines dos Estados Unidos à América Central alarmou em boa parte do mundo e vários consideram ameaçante este movimento no tabuleiro político latino-americano.
Honduras revive hoje fantasmas de um passado recente. Setores políticos movem peças sobre o tabuleiro e acendem o debate sobre a necessidade de uma Assembleia Constituinte, a reeleição ou a opção de manter o atual status.
A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), Irina Bokova, condenou na semana passada o assassinato do jornalista Reynaldo Paz Mayes na cidade de Comayagua, em Honduras, que ocorreu no início do mês, pedindo uma investigação detalhada sobre o caso.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), da Organização dos Estados Americanos (OEA) acaba de realizar uma visita a Honduras, de 1° a 5 de dezembro deste ano, com o objetivo de avaliar a situação geral dos direitos humanos no país. As observações preliminaresdetectaram a violência e a insegurança como os problemas mais graves, sendo a impunidade um círculo vicioso, acometendo entre 95% a 98% dos casos.
Por Cristina Fontenele, especial para a Adital
Honduras está enfrentando uma intensa crise alimentar provocada pelos investimentos no agronegócio e no modelo neoliberal, que privatiza bens e serviços e prejudica o pequeno e médio produtor agrícola. Atualmente, 70% das pessoas que vivem no campo são pobres e, deste total, 40% vivem na extrema pobreza. A Via Campesina denuncia que a situação chegou a esse ponto pela falta de vontade política.
Cinco anos atrás, Honduras se viu envolta em uma crise que fez sua história retroceder democraticamente e institucionalmente várias décadas.
Por Giorgio Trucchi, de Manágua para Opera Mundi
“Em Honduras, a violência contra as mulheres é generalizada e sistemática e impacta mulheres e meninas de várias formas”, disse a relatora especial da ONU sobre violência contra as mulheres, Rashid Manjoo, solicitando que o governo tome as medidas necessárias para acabar com a impunidade que afeta 95% dos casos relacionados com essa prática crescente no país centro-americano.
Um grupo de 11 garimpeiros ficou preso nesta quarta-feira (2) em uma mina artesanal no sul de Honduras após um desabamento. Os operários podem estar a cerca de 80 metros de profundidade, informou o porta-voz do Corpo de Bombeiros em Tegucigalpa, Oscar Triminio.