Na noite de sábado, o Ministério das Relações Exteriores da Guiana disse que a Marinha Bolivariana da Venezuela havia interceptado um navio de exploração de petróleo que operava dentro das águas territoriais do país sob a bandeira das Bahamas e em nome da corporação de petróleo e gás americana ExxonMobil.
A Guiana foi colônia holandesa e, subsequentemente, britânica. Na atualidade, é um pequeno país atribulado, com uma elevada taxa de criminalidade onde, surpreendentemente não existem relatos de acidentes violentos com conotações religiosas óbvias.
A República Cooperativa da Guiana tem uma história muito particular em relação a outros países caribenhos. É um dos únicos países do mundo em que a característica da cooperação está consagrada na própria denominação nacional. É membro da Comunidade de países do Caribe (Caricom), cuja sede fica na capital da Guiana, Georgetown, e também é membro pleno da Unasul, União de Nações Sul-Americanas e membro associado do Mercosul.
Mediante ações de compensação, a Guiana se comprometeu a salvar sua floresta tropical, considerada um tesouro vivo, das atividades destrutivas de mineiros que buscam outro tipo de fortuna, enterrada sob esse frágil ecossistema.
Por Desmond Brown*, da IPS**
Os ministros das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, e da Guiana, Carolyn Rodrigues-Birkett, se reuniram nesta sexta-feira (19), no Uruguai, onde participam da Cúpula do Mercosul de Montevidéu, e acordaram a criação da Comissão Mista Brasil-Guiana para Desenvolvimento de Projetos de Infraestrutura, principalmente nas áreas de transporte e energia.
Enquanto a voz rouca das ruas tem provocado reuniões e mais reuniões dos representantes do povo, que parecem ainda perplexos com os acontecimentos, o mundo seguia girando com fatos silenciados pela mídia de mercado, que continua tentando incutir o medo na população na cobertura das manifestações.
Por Mário Augusto Jakobskind*, no Direto da Redação