Em artigo publicado simultaneamente nos jornais Folha de S. Paulo e O Globo de 11 de março de 2018, muito reproduzido pelo país afora, o jornalista Elio Gaspari insiste num erro histórico ao afirmar que o “chefe político” e “o último comandante militar” da Guerrilha do Araguaia, João Amazonas e Ângelo Arroyo, “fugiram” dos combates.
Por Augusto Buonicore* e Osvaldo Bertolino**
Um anexo de relatório secreto do Exército sobre a guerrilha do Araguaia revela que foi utilizado napalm no ataque
João Ilair Teixeira da Costa interrompe a conversa e vai até um quarto. Demora alguns minutos e retorna com sete fotos nas mãos. A equipe se entreolha curiosa. O que Ilair traz são sete fotos inéditas da época da Guerrilha do Araguaia, ocorrida na década de 1970 no Pará e em Xambioá (antes Goiás, atualmente Tocantins).
Em janeiro de 1969, poucos meses depois que a ditadura militar instalou o “estado de terror” através do AI-5, era elaborado pela direção nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) o documento intitulado “Guerra popular, o Caminho da Luta Armada no Brasil” que apresentava a identidade programática do movimento armado que ficou conhecido como Guerrilha do Araguaia.
Por Elton Arruda*
Mais do que um herói comunista. João Carlos Haas Sobrinho, o Dr. Juca, vive no coração e na memória de todos os que o conheceram como exemplo de médico e combatente pelos direitos do povo e pelo progresso social. Combate no qual tombou, em 1972, no Araguaia.
No dia 24 de junho, há exatos 75 anos, nascia um verdadeiro herói do povo brasileiro: João Carlos Haas Sobrinho. Médico, de São Leopoldo (RS), lutou na resistência à ditadura militar no Brasil (1964-1985) fazendo parte do grupo que atuou e foi praticamente dizimado na Guerrilha do Araguaia. Sua irmã, Sonia Haas, escreveu texto emocionado sobre o legado deste grande lutador da Pátria.
Por Sônia Maria Haas*
No dia 12 de abril de 1972, as Forças Armadas realizaram o primeiro ataque à Guerrilha do Araguaia. A ação foi organizada na clandestinidade pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) em 1968.
As mulheres e suas questões, tanto na sociedade como na arte, são o foco da programação Arte – Substantivo Feminino, que começou na última sexta-feira (15), no Sesc Belenzinho, capital paulista, e segue até o mês de abril, com espetáculos de teatro, debates e oficinas. O projeto apresenta situações de luta, opressão e protagonismo da mulher por meio de diferentes linguagens.
Guerrilheiras ou para a terra não há desaparecidos conta a história das mulheres na Guerrilha do Araguaia. A peça que já passou pelo Rio de Janeiro chega agora na capital paulista. A estreia é nesta sexta-feira (16), no Sesc Belenzinho. A temporada dura três semanas, sempre às sextas-feiras e sábados às 21h30 e domingos às 18h30.
Na próxima terça-feira, dia 1º/12, estreia em Porto Alegre o filme "Osvaldão", que narra a história do líder negro da Guerrilha do Araguaia. O lançamento terá ainda um debate com os diretores Ana Petta e Vandré Fernandes, além dos historiadores e políticos Raul Pont e Raul Carrion com mediação do crítico de cinema, Paulo Casa Nova. O evento, com entrada franca, acontece a partir das 19h no CineBancários.
Documentário produzido de forma independente conta a história do comandante negro da Guerrilha do Araguaia; duas cidades já atingiram a meta, outras cinco têm até esta quinta-feira (19) para levantar o dinheiro.
O Ministério Público Federal (MPF) abriu ação penal contra militares da reserva, entre os quais o major Sebastião Curió, por crimes cometidos durante a Guerrilha do Araguaia, nos anos 1970. Curió prestou depoimento nesta quarta-feira (14) e confessou que matou pelo menos dois prisioneiros da Guerrilha do Araguaia.