O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, advertiu neste domingo (27) que os grupos contrários ao governo de Muamar Kadafi contam com armamento de guerra e protagonizaram o massacre de civis e militares líbios.
As forças norte-americanas, britânicas e francesas começaram seus ataques militares contra a Líbia no sábado passado (19), numa operação batizada de Odyssey Dawn (Odisseia do Amanhecer) pelos Estados Unidos (os britânicos a denominam Operação Ellamy e os franceses Operação Harmattan).
Em nota do seu secretariado, com sede em Atenas, o Conselho Mundial da Paz condenou a agressão imperialista à Líbia em nota emitida no último domingo (20). Na véspera, a presidente, Socorro Gomes, também lançou um comunicado protestando contra a guerra.
A resolução do Conselho de Segurança que em 17 de março autorizou a tomar “todas as medidas necessárias” contra a Líbia lembra aquela que, em 29 de novembro de 1990, autorizava o uso de “todos os meios necessários contra o Iraque”.
Por Manlio Dinucci, em Il Manifesto
Ao anoitecer do sábado (19), depois de farto banquete, os líderes da Otan ordenaram o ataque contra a Líbia. Desde então, nada poderia ocorrer sem que os Estados Unidos reclamassem seu papel irrenunciável de chefe máximo. Desde o posto de comando dessa instituição na Europa, um oficial superior proclamou que se iniciava a “Odisseia do Amanhecer”.
Por Fidel Castro Ruz
Um míssil explodiu no conjunto residencial de Muamar Kadafi, em um ataque das forças da coalizão imperialista. Os Estados Unidos disseram que os bombardeios vão minar a capacidade do governo de atacar as forças de oposição. O secretário da Defesa, Robert Gates, negou que a intenção seja matar o líder líbio, pois se trata de objetivo difícil de realizar.
O Partido Comunista da Espanha, cujo governo está totalmente implicado nos bombardeios aéreos à Líbia emitiu neste sábado (19)comunicado del PCE assinado por sua secretária de Relações Internacionais sobre o ataque ao país do norte da África, manifestando “total e absoluto repúdio”.
O presidente da República Bolivariana da Venezuela, Hugo Chávez Frías, advirtiu neste domingo (20) que uma invasão imperial para apossar-se do petróleo venezuelano se chocaria com um grande movimento de resistência
O Comitê da União Africana (UA) para resolver a crise na Líbia chamou a que parem as hostilidades contra esse […]
Cuba condenou neste domingo (20) de maneira enérgica a intervenção militar estrangeira na situação interna que sofre a Líbia. Os conflitos devem ser resolvidos pela via do diálogo e a negociação, e não mediante o uso da força militar, sublinha um comunicado do ministério das Relações Exteriores da nação caribenha difundido pelo Noticiário Nacional de Televisão.
Uma vaga de indignação varre o mundo, levantada pela agressão imperialista ao povo da Líbia.
A Resolução do Conselho de Segurança que abriu a porta ao crime – mascarado de “intervenção humanitária” – foi preparada com antecedência. Concebida em Washington, coube à França e ao Reino Unido apresentar e defender o texto porque não convinha aos EUA, atolados nas guerras do Iraque do Afeganistão, surgirem como país patrocinador.
Doze anos depois da "guerra humanitária" da Otan, que em março de 1999 começou o bombardeio da Sérvia durante a primavera para retrocedê-la meio século, como declarou o general Wesley Clark, as potências imperialistas fazem o mesmo com a Líbia – cem anos após a invasão italiana.
Por Andrea Catone*