É provável que, se o pacote anticrime do ministro Sergio Moro já vigorasse no País, o assassinato de Pedro Henrique Gonzaga ficaria impune. Ao ser imobilizado e morto por estrangulamento, na última quinta-feira (14), por um vigilante do supermercado Extra da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, o jovem negro, de apenas 19 anos, estava desarmado e não oferecia perigo algum. Nada disso importaria caso o Judiciário brasileiro estivesse tomado pelo ideário moro-bolsonarista.
Por André Cintra
O ministério falastrão do governo Bolsonaro teve de recuar de mais uma declaração preconceituosa e polêmica. Desta vez, foi o ministro Ricardo Vélez Rodríguez (Educação), colombiano de nascimento, que se desculpou publicamente por ter insultado os brasileiros em entrevista à revista Veja. Notificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), Vélez foi ao Twitter e se retratou.
O Diário Oficial da União desta segunda-feira (18) não traz a exoneração do ministro Gustavo Bebianno, da Secretaria-Geral da Presidência. Desde sexta-feira, há especulações de que o presidente Jair Bolsonaro já teria assinado a demissão de Bebianno – o que não se confirmou. Enquanto isso, o governo planeja uma ofensiva com agenda de anúncios para tentar abafar a crise do laranjal.
O cantor e compositor Roberto Carlos surpreendeu os jornalistas que participaram de sua entrevista coletiva neste domingo (17), no Rio de Janeiro. Em meio a um balanço do projeto Emoções em Alto Mar – uma série de shows realizadas há 15 anos em cruzeiros com o transatlântico Costa Favolosa –, o “Rei” aproveitou para alfinetar o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
Depois de turbinar o PSL com muitos votos e uma série de escândalos, o clã Bolsonaro já planeja deixar a legenda. Conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, publicada neste domingo (17), os filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL) negociam migrar para a UDN (União Democrática Nacional). O novo partido, em fase final de criação, é a reedição da antiga e golpista UDN (União Democrática Nacional), que conspirou contra os presidentes Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart.
Prestes a ser formalmente demitido da Secretaria-Geral da Presidência, o ministro Gustavo Bebianno não esconde a decepção com o presidente Jair Bolsonaro – e também com si próprio. Em meio a acusações de desvios de verbas do Fundo Partidário do PSL por meio de candidaturas laranjas nas eleições 2018, Bebianno revelou a amigos que está “perplexo” com o tratamento recebido no governo e se diz arrependido até de ter apostado na campanha do capitão reformado.
O Governo Bolsonaro colocou em pauta a Reforma da Previdência, como havia prometido em sua campanha eleitoral. Embora a Reforma atinja um amplo setor da população brasileira, boa parte da juventude não está atenta ou não se interessa pelo assunto. Muitos se questionam o que têm a ver com a Previdência já que a aposentadoria está tão distante. Pode não parecer, mas a juventude tem tudo a ver com a Reforma da Previdência. É preciso lembrar que o jovem de hoje é o idoso de amanhã.
Por Luiza Bezerra*
Está na hora de falar português claro, com todas as letras: o capitão reformado Jair Messias Bolsonaro já provou, apenas 45 dias após a sua posse, que não tem a menor condição de governar o país por quatro anos. O batalhão de generais que ele levou para o governo já sabe disso.
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho
Em meio a escândalos de corrupção, servilismo diplomático e descrições de brasileiros como canibais prestes a roubar os primeiros talheres de hotel que estiverem à mão, o desgoverno atual mostra ao menos um eixo claramente organizado de política social. No primeiro mês, tivemos a flexibilização da posse de armas e a descoberta da proximidade incestuosa entre o clã Bolsonaro e grupos de milícias, além do pacote de medidas do sr. Moro para a segurança pública.
Por Vladimir Safatle*
O aguardado anúncio da reforma da Previdência da gestão Bolsonaro virou tema secundário na base governista e na pauta do noticiário. Tudo por causa de uma nova ingerência dos filhos do presidente nos rumos e nas decisões do governo. Setores pró-Bolsonaro ou favoráveis às reformas liberais – como os militares e a grande mídia – deram uma espécie de ultimato ao presidente e cobraram, publicamente, o fim da “filhocracia”.
Por André Cintra
A crise envolvendo o ministro Gustavo Bebianno e o PSL, partido do presidente da República, é a segunda a subir a rampa do Palácio em menos de dois meses de mandato. A primeira, ainda pendente de explicações, é a de Flávio Bolsonaro, suas exóticas transações financeiras e relações com as milícias que atuam no Rio de Janeiro.
Por Orlando Silva*, no Jornal GGN
Em reunião realizada na sede do Dieese nesta quinta (14), as centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, Nova Central, CGTB, CSB, Intersindical e CSP-Conlutas) debateram a mobilização para a Assembleia Nacional da Classe Trabalhadora, convocada para o próximo dia 20, e acenaram com a organização de uma greve geral no país contra a proposta de reforma da Previdência do governo Bolsonaro e em defesa das aposentadorias e da Previdência Pública.