Há quase quatro anos do início da operação "Chumbo Fundido", quando mais de 1,3 mil palestinos e 13 israelenses foram mortos em uma das mais sangrentas ofensivas militares na Faixa de Gaza, entre dezembro de 2008 e janeiro de 2009, o governo israelense lança nova investida contra o território, sob bloqueio desde 2006.
Aviões israelenses atacaram três vezes, na madrugada desta terça, áreas a oeste da Faixa de Gaza, que há mais de duas semanas é alvo de bombardeios aéreos que já causaram a morte de seis civis, segundo a contagem oficial.
A aviação israelense bombardeou mais duas localidades na Faixa de Gaza e ameaça novos e maiores ataques, na continuação de uma onda de agressões.
Ataques da aviação israelense e disparos de artilharia reativa da Faixa de Gaza tornam crítica a situação neste território, vítima de um bloqueio total e de persistentes agressões do exercito de Tel Aviv.
Caças israelenses atacaram no sábado (13), pelo segundo dia consecutivo, zonas da Faixa de Gaza, acusaram fontes palestinas, que não mencionaram vítimas. Pouco antes uma operação similar foi registrada na cidade costeira de Beit Lajia, também na faixa.
O governo israelense enviou uma mensagem para as autoridades finlandesas alertando que não irá permitir que flotilha com ativistas internacionais fure o bloqueio à Faixa de Gaza, informou neste sábado o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Risto Piipponen. As informações são da Associated Press.
O governo do movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, anunciou nesta segunda-feira (23) que o governo egípcio facilitará a entrada e saída da população local na região fronteiriça entre o país norte-africano e o enclave palestino. A medida alivia o bloqueio no território e melhorando a comunicação entre Gaza e a Cisjordânia.
Dois palestinos morreram e mais de 20 ficaram feridos nas últimas 24 horas em uma série de ataques aéreos de Israel contra a Faixa de Gaza, apesar da trégua anunciada na quarta-feira entre o Hamas e o Estado hebreu.
No dia em que o bloqueio de Israel à Faixa de Gaza completa 5 anos, organizações não-governamentais asseguram que não existe mais fontes de água potável no território palestino ocupado.
A Organização para a Libertação da Palestina (OLP) condenou nesta segunda-feira (4) "o fortalecimento de uma ocupação que ameaça ser irreversível", na véspera do 45º aniversário da Guerra dos Seis Dias, na qual Israel conquistou Jerusalém Oriental, Gaza, Cisjordânia, as Colinas do Golã e o Sinai egípcio. Enquanto isso, a Faixa de Gaza vive o quarto dia consecutivo de bombardeios israelense.
A Força Aérea israelense bombardeou na madrugada deste domingo (3) cinco pontos no sul, norte e centro da Faixa de Gaza. Até o momento não há confirmação de vítimas.
A Faixa de Gaza, como entidade autônoma, foi moldada pela guerra de 1948-1949. Durante o conflito, muitos palestinos expulsos afluíram para lá. O primeiro-ministro israelense, David ben Gurion, sempre visionário, compreendeu imediatamente o risco de tal concentração de refugiados no noroeste do Neguev.
Por Jean-Pierre Filiu para o Le Monde Diplomatique