Estado detém 43% das ações, mas tem direito a voto proporcional a apenas 10%, o que retira os poderes políticos da União na companhia
Iniciativa visa discutir controle acionário da empresa de energia pelo governo federal, revertendo processo de capitalização
Processo de privatização da Eletrobras, praticada pelo governo Bolsonaro em 2021, está sendo revisto pelo governo Lula. Íkaro Chaves diz que o processo foi fraudulento e ilegal
A compra será com recursos da empresa e servirá para remunerar acionistas e diretores
A Eletrobras foi a primeira grande estatal a ser vendida após quase quatro anos do governo Jair Bolsonaro. O aumento do rendimento dos acionistas serão retroativos a partir de abril de 2022.
Nomeado para o grupo de transição de Minas e Energia,, Ikaro Chaves diz que a reversão da privatização é possível constitucionalmente.
Nesta segunda-feira (13), o governo vai vender ações nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York afim de deixar o controle majoritário da empresa
“Cerca de 33 milhões de brasileiros estão passando fome. As pessoas são obrigadas a escolher entre comprar comida ou pagar a conta de luz, que não para de subir. E o que faz o governo? Privatiza a Eletrobras para aumentar ainda mais a conta de luz”, criticou
Para o representante dos trabalhadores da estatal, Íkaro Chaves, não basta cancelar a privatização, mas garantir excedentes de energia, em vez de lucros, para alavancar o desenvolvimento nacional e energia barata para o povo.
A economista Clarce Ferraz também critica a privatização da Eletrobras como a perda de um elemento chave para a estruturação da transição energética limpa, renovável e justa.
O presidente da Abradin, Aurélio Valporto, avalia que monopólios precisam ser geridos de forma a beneficiar toda a cadeia produtiva. Para ele, os preços da Petrobras podem beneficiar acionistas um primeiro momento, mas desarranjam toda a economia.
Para Roberto D’Araújo, regulação ruim do modelo energético adotado atrapalha o papel estratégico da estatal para o país.