Somente na segunda-feira, dia de pânico nos mercados globais, a B3 perdeu quase R$ 432 bilhões.
A lua de mel entre o mercado e o governo Jair Bolsonaro (PSL) está, ao que parece, perto do fim. Dados sobre a atividade econômica já divulgados para o terceiro trimestre de 2019 mostram que a economia brasileira segue em trajetória errática, sem sinais de retomada consistente e ainda dependente do consumo das famílias e dos setores de comércio e serviços. Mesmo com liberação do FGTS, queda dos juros e reforma, a economia sob Bolsonaro e Paulo Guedes patina.
As principais avaliações sobre as causas e os efeitos da crise global contrastam com o programa do governo do presidente Jair Bolsonaro. A mais contundente é a da diretora-geral do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva.
Por Osvaldo Bertolino
A economia mundial emite sinais de desaceleração a cada dia. O mais recente é o da queda na produção industrial global mais acentuada e disseminada em pelo menos seis anos.
O PIB (Produto Interno Bruto) do País cresceu apenas 0,4% no 2º trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores. O resultado foi divulgado nesta quinta-feira (29) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A taxa positiva afastou a possibilidade de nova “recessão técnica”, termo usado por economistas quando há dois trimestres consecutivos de queda na atividade. No 1º trimestre, houve recuo de 0,2%. Mas a economia prossegue estagnada, sem perspectiva de reação.
O 6º colóquio realizado pela Fundação Maurício Grabois, na sede do PCdoB, em São Paulo, no dia 23 de julho, terça-feira, perguntou: A grande crise de 2007-2008 foi superada? Abaixo segue uma resenha feita pelo jornalista Cézar Xavier dos meus comentários às falas dos economistas e estudiosos Nilson Araújo, Renildo Souza e Lécio Morais.
Por Sérgio Barroso
O principal indicador econômico do primeiro ano do governo Jair Bolsonaro (PSL) será um fiasco. É o que aponta o boletim Focus, resultado de pesquisa semanal a instituições financeiras, feita pelo Banco Central(BC) e divulgada às segundas-feiras, pela internet.
Nas últimas décadas, a industrialização deixou de ser prioridade tanto para liberais e para economistas de esquerda. Os primeiros apostaram as fichas nas reformas neoliberais e no tripé macroeconômico. A esquerda aceitou o novo regime, supondo que isso levaria ao desenvolvimento econômico desde que fosse complementado por política industrial. Concentrou-se em promover o aumento do salário mínimo e das transferências de renda para os mais pobres.
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira*
A retomada do receituário neoliberal no período recente foi o responsável principal pelo desencadeamento de novo quadro recessivo na economia que levou praticamente ao desfecho da industrialização brasileira. Isso porque o setor industrial terminou sendo o mais atingido pela queda no nível de produção, cuja alternativa tem sido a substituição de produtos nacionais por importados e prevalência de significativo déficit de manufatura na balança comercial.
Por Marcio Pochmann*
A Fitmetal (Federação Interestadual de Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil) completa nove anos neste mês de junho. O momento, porém, não é de festa para a categoria metalúrgica, nem para o conjunto dos trabalhadores brasileiros. Nestes primeiros meses do Brasil sob o governo ultradireitista de Jair Bolsonaro (PSL), a situação da indústria e dos trabalhadores só se agrava.
Por Wallace Paz*
Paulo Feldmann diz que não faz sentido sacrificar 2019, esperando orçamento proveniente da reforma da Previdência.
Por Pedro Teixeira – Jornal da USP no Ar