Aumentou o endividamento da população e isso interfere no cotidiano e na vida prática e emocional
Mais de 66 milhões estão nessa situação; 23% das dívidas correspondem a contas básicas do dia a dia
Desemprego e trabalho precário jogam 61 milhões de pessoas na inadimplência. Elas estão proibidas de parcelar compras e fazer empréstimos.
A quantidade de famílias endividadas na capital paulista em junho chegou a 1,936 milhão (54% do total), retração de 1,9% em relação a maio. Em comparação ao mesmo mês de 2014, houve aumento de 159 mil famílias endividadas, ou 8,9%. Divulgados nesta quarta-feira (8), os dados são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O percentual de famílias com contas ou dívidas em atraso ficou em 17,5% em fevereiro deste ano, taxa inferior aos 17,8% do mês anterior e aos 19,7% de fevereiro de 2014. O dado, da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), foi divulgado nesta quinta-feira (26) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O endividamento a nível mundial não parou de aumentar desde a crise gerada pela especulação no mercado hipotecário nos EUA, em 2008, afirma um estudo divulgado na semana passada pelo McKinsey Global Institute (MGI).
O percentual de cheques devolvidos por falta de fundos foi 1,93% em novembro, conforme mostram os dados da empresa de consultoria Serasa Experian. O resultado é menor do que o registrado no mesmo mês do ano anterior (2%) e do que o de outubro (1,97%). Para os economistas da Serasa, a entrada do décimo terceiro salário é a explicação para a queda da inadimplência com cheques.
Mesmo com as insistentes dicas de educação financeira, os brasileiros seguem desobedecendo a orientações básicas na hora de gastar e se enrolando com o cartão de crédito. Em 2013, o saldo devedor das transações feitas com o dinheiro de plástico no país cresceu mês a mês, atingindo em novembro, segundo o Banco Central, o recorde histórico de R$ 135,2 bilhões.
Depois de uma queda observada em setembro, os níveis de endividamento e inadimplência voltaram a crescer em outubro deste ano. Segundo a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o percentual de famílias inadimplentes no país chegou a 21,6% em outubro.
O percentual de famílias que se declararam endividadas caiu em agosto para 63,1%, em comparação aos 65,2% de julho, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta terça (27) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na comparação com agosto de 2012, houve alta de 3,3 pontos percentuais.
O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), assegurou que vai trabalhar para derrubar o veto da presidente Dilma Roussef à Medida Provisória que prevê a renegociação da dívida contraída pelos produtores rurais, além da criação de novas linhas de financiamento e outras garantias para fomentar a agricultura no Nordeste. O veto da presidente Dilma limita o abatimento da dívida.
Pesquisa nacional da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ) mostra que 46% dos brasileiros pagavam algum tipo de parcelamento no segundo trimestre deste ano. De acordo com o levantamento, feito em parceria com a Ipsos (consultoria internacional de mercados), esse é o maior percentual desde o início do levantamento, em 2009.