Em evento na Câmara, Jerry reforçou a defesa pela democracia e ressaltou sua prontidão em atuar em prol das famílias das vítimas e anistiados dos 21 anos de ditadura instituídos no Brasil
Em nota, coletivos de torcidas esportistas manifestaram repúdio "ao incentivo irresponsável do presidente da República, Jair Bolsonaro, para que as Forças Armadas comemorem o golpe" ocorrido dia 31 de março de 1964. Segundo o manifesto, muitos esportistas também sofreram os anos de chumbo.
Caminhadas, manifestações, aulas-públicas e atividades culturais foram realizadas em várias cidades do país para marcar os 55 anos do golpe de 1964 e para homenagear as vítimas da ditadura militar que dele resultou.
A ditadura tentou destruir a inteligência brasileira – investiu contra artistas e pensadores para calar suas vozes e destruir os meios de comunicá-las. Mas a inteligência foi mais forte, e criou o Brasil moderno
Por José Carlos Ruy*
Mais de 50 torcidas e coletivos antifascistas de times de futebol de todo o país lançaram um manifesto repudiando o incentivo do presidente Bolsonaro para que o golpe de 64 seja comemorado. O documento resgata os danos que a ditadura causou ao país e ao esporte. Neste caso, citam atletas e profissionais da área que foram perseguidos e destacam também o início da criminalização das torcidas de futebol. As torcidas alertam para o resgate da verdade histórica e também para os riscos do fascismo.
Na próxima segunda-feira, 1º de abril, o golpe de 1964, que instalou por mais de duas décadas uma ditadura civil-militar no Brasil completa 55 anos. Para marcar a data, entidades da sociedade civil organizam, em várias cidades do país, uma série de eventos que relembram as atrocidades cometidas naquele período.
Em nota, PCdoB, PDT, PT, PSB, PSOL e PCB condenam a louvação de Jair Bolsonaro ao golpe e à ditadura militar de 1964. Os partidos não aceitam a tentativa de negar a supressão das liberdades e direitos, bem como a perseguição política contra opositores, com inúmeros casos de prisão, tortura, desaparecimento e morte. A nota expressa apoio aos atos em defesa da democracia e do estado de direito, assim como reafirma o compromisso de continuar lutando contra os retrocessos promovidos pelo governo.
Texto menciona o artigo 5º da Constituição, que estabelece como crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, que vão contra a ordem constitucional e o Estado Democrático no país
Desde que no dia 25 de março, através do porta-voz da Presidência da República, Bolsonaro incitou os quartéis a realizarem “as comemorações devidas” ao golpe militar de 1964, elevou-se a tensão no cabo de guerra que há no país entre autoritarismo e democracia.