As vítimas da violência e do arbítrio do golpe militar de 11 de setembro, ocorrido em 1973 no Chile, foram homenageadas em sessão especial do Senado, nesta segunda-feira (9). Durante o evento, foi realizado o Colóquio Chile 40, em que autoridades e especialistas debatem o tema. Ainda na sessão, foi debatido o filme No, de Pablo Larraín, sobre o plebiscito nacional chileno que derrubou Pinochet.
Às vésperas do aniversário de 40 anos do golpe no Chile, manifestantes saíram às ruas neste domingo (8) em memória às vítimas da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). A polícia, então, reprimiu com gás lacrimogêneo milhares de pessoas, nas ruas de Santiago, a capital do país. A ação foi feita pelos Carabineiros chilenos – grupo tradicional das Forças Armadas, que foi braço direito do ex-ditador.
O ditador chileno Augusto Pinochet, que chegou ao poder há 40 anos com amplo apoio brasileiro, obteve por meio de espionagem informações estratégicas dos arquivos de Brasília.
“Na América Latina, os estádios de futebol exercem duas funções: nos tempos de paz são palcos de partidas; em tempos de crise, transformam-se em campos de concentração”. (Ryszard Kapuscinski, ‘A guerra do futebol’)
Por Maurício Brum, no blog Impedimento
Segundo informações da organização divulgadas pelo jornal La Nación, cerca de 80 mil estudantes chilenos saíram hoje às ruas para exigir profundas mudanças no modelo educacional nacional, que ainda tem sua base na época da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Os manifestantes querem romper “o legado de Pinochet” e exigem um ensino gratuito e de qualidade, pedindo que o Estado assuma um papel de liderança neste sentido.
A Associação Nacional dos Magistrados do Poder Judiciário do Chile pediu perdão pela “omissão” durante a ditadura do governo Augusto Pinochet (1973-1990), que causou mais de 3 mil mortos e desaparecidos. Foi a primeira vez que ministros, desembargadores e juízes reconheceram suas falhas. Durante o regime militar, houve cerca de 5 mil pedidos de proteção para desaparecidos ou pessoas detidas ilegalmente que foram rejeitados pelos tribunais chilenos.
Documentos comprovam que o governo militar brasileiro apoiava o golpe que derrubou o presidente chileno Salvador Allende do poder e colocou o general Augusto Pinochet. A Ditadura militar, sob Médici, foi aliada antes, durante e após ação, que completa 40 anos neste mês. O jornal Estado de S.Paulo publica uma reportagem especial sobre o assunto. Leia abaixo:
“Pode ser um desgraçado, mas é nosso desgraçado”, teria dito Franklin D. Roosevelt sobre o ditador nicaraguense Anastazio Somoza. A fim de facilitar o recrutamento de perfis desse tipo na América Latina, o exército norte-americano logo imaginou uma escola não exatamente como as outras
Por Bernard Cassen*, no Le Monde Diplomatique
Mais de 20 anos após o seu fim, a ditadura chilena segue surpreendendo negativamente. Nesta quinta-feira (22), a ex-diretora do Instituto de Saúde Pública (ISP) Ingrid Heitmann revelou que o ex-ditador do país, Augusto Pinochet, tinha à sua disposição armas químicas capazes de eliminar milhões de pessoas, “o equivalente a meia Santiago”.
O ex-comandante do Exército chileno, Juan Emilio Cheyre, falou pela primeira vez aos meios de comunicação sobre o caso de um menino desaparecido após o golpe de Augusto Pinochet (1973). Cheyre admitiu, na terça-feira (20), ter deixado um bebê de dois anos para adoção depois que os pais da criança foram mortos por soldados.
O juiz chileno Mario Carroza ordenou nesta terça-feira (23) ao Serviço de Medicina Legal a realização de testes de DNA para confirmar se os restos mortais exumados em abril correspondem ao poeta Pablo Neruda. A ordem insere-se no âmbito da investigação para apurar as causas da morte de Neruda e esclarecer se foi mesmo câncer ou se ele foi assassinado durante a ditadura de Augusto Pinochet. A investigação teve início em 2011, após a denúncia de homicídio feita pelo Partido Comunista do Chile.
A avenida 11 de Setembro, uma movimentada rua de Santiago cujo nome lembra a data do golpe de Estado dado por Augusto Pinochet em 1973, voltará a ser chamada por seu nome original, Nova Providência, após uma polêmica votação.