Sindicalistas e pesquisadores consideram fundamental envolver os trabalhadores no debate de uma política industrial que tenha como foco a geração de emprego
A piora se deve ao alto grau de incerteza na economia em meio à segunda onda da pandemia.
Há seis anos, o País tinha 384,7 mil fábricas. No fim de 2020, a estimativa era de que o número tinha caído para 348,1 mil
Em entrevista ao Vermelho, o economista Marco Rocha, da Unicamp, fala sobre o processo de desindustrialização brasileiro à luz do recente fechamento da Ford.
Montadora anunciou ontem o encerramento das operações no Brasil. Segundo o governador do Maranhão, país vive problema de desindustrialização.
Onde anda o fôlego de nossa indústria, cuja importância no PIB brasileiro, chegou a 25%, despenca ano a ano? E agora vê a tradicional Ford, centenária no Brasil, fechar suas opções por aqui, mas manter suas operações nos vizinhos Uruguai e Argentina?
Com a pandemia, dados do IBGE também mostram que a atividade industrial diminuiu ainda 27,2% em relação a abril de 2019.
Em 10 anos os recursos investidos pela estatal caíram de 11% para 3,8% de todos os investimentos feitos na economia brasileira.
Apenas isolamento não bastará. Será preciso produzir respiradores e insumos hospitalares – em parque industrial há décadas abandonado
“adquirir máscaras se tornou um verdadeiro leilão. Em pistas de aeroporto, oferece-se – em geral os norte-americanos – o pagamento da multa rescisória do contrato e um preço maior pelas máscaras que seriam destinadas a outros países”
Desde o neoliberalismo dos anos de 1990, País tem perdido sua soberania econômica, tecnológica e produtiva
O capital externo está sempre de olho em seus próprios ganhos. Nós deveríamos criar as condições para não precisar dele.