Para Clemente Ganz Lúcio, desemprego, informalidade e precarização permanecerão em 2022.
Fim do ciclo político da Nova República instituído pelo golpe de 2016 refletiu o esgotamento da política enquanto gestão democrática, rapidamente dominada pela versão da política como negócio rentável
Em cinco anos, Brasil perdeu 36 mil fábricas e passou a participar com meros 1,19% na produção global
Ruína da antiga sociedade industrial foi acompanhada pelo desmonte de suas principais classes sociais: a e a classe trabalhadora da manufatura.
Entre 2000 e 2020, participação de manufaturados, máquinas e equipamentos na pauta de exportações caiu de 48% para 19%. Paralelamente, bens primários ampliaram presença, de 35% para 71%.
O fenômeno, além de temporário, não tem tração isoladamente para alavancar a economia, explica o economista Marco Rocha, da Unicamp.
Governos anteriores chegaram a fazer movimentos para uma política industrial, ainda que tímidos. No entanto, o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, não tem qualquer plano nesse sentido.
Setor agoniza e perde capacidade de produção há pelo menos três décadas – mas o problema se agravou nos últimos meses
Indústria nacional foi a terceira que mais recuou, entre 30 países analisados, desde 1970
Em 1995, eram 242 estabelecimentos que empregavam 13,9 mil funcionários. Em 2019, a quantidade caiu para 98 com 4,8 mil vínculos empreagatícios.
Carlos Von Doellinger defendeu que o País deixe de apoiar o setor industrial e invista no agronegócio e na mineração
Combinação que trouxe o Brasil para essa imensa crise política e econômica foi apenas escancarada pela pandemia mundial de Covid-19