Organizações sociais irão mapear acesso e qualidade de água na cidade de São Paulo. A pesquisa que será iniciada neste mês é articulada pelo Coletivo de Luta pela Água, que pretende entregar dossiê sobre a crise hídrica ao Ministério Público de São Paulo e ao relator da ONU, Léo Heller.
A Aliança pela Água, rede com 48 organizações que realiza ações sobre a seca em São Paulo, pretende monitorar o racionamento informal que vem sendo praticado pela Sabesp a partir das manobras de redução de pressão. Para isso, a entidade lançou nesta quinta-feira (18) um mapa colaborativo, no qual a população pode denunciar o horário e o tempo em que sofreu o desabastecimento.
O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, André Correa, disse nesta terça-feira (9) que é grave a situação de abastecimento de água no estado. Correa alertou que o Rio de Janeiro terá que atravessar o período de seca com os reservatórios na metade do nível registrado no mesmo período do ano passado.
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (8) que irá apresentar, até o final do mês, um plano de contingência para a falta d'água no estado. No entanto, de acordo com o governador, não há a perspectiva de colocá-lo em prática. Apesar das centenas de denúncias de moradores que alertam para o desabastecimento, o tucano continua a afirmar que não existe racionamento de água em São Paulo.
As obras do trecho norte do Rodoanel, orçadas em quase R$ 7 bilhões, cruzam áreas de preservação na Serra da Cantareira, que circunda a zona norte da região metropolitana de São Paulo e está levando à destruição rios e nascentes da região. Ambientalistas apontam que as nascentes fazem parte do abastecimento natural de reservatórios do Sistema Cantareira e que a extinção delas faz parte do quadro de crise hídrica na capital, o que tende a se agravar ainda mais este ano.
Reunidos no último sábado (16), população, movimentos sociais, autoridades, técnicos e políticos debateram propostas para contornar possíveis impactos sociais e ambientais da crise hídrica que atinge São Paulo sobre o Vale do Ribeira, região que tem o pior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado.
A obra de transposição de 4 mil litros de água por segundo da represa Billings para o Sistema Alto Tietê, inaugurada nesta última segunda-feira (4) pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem melhor chance de elevar a represa Billings à condição de grande fornecedora de água para a região metropolitana de São Paulo do que de ajudar a enfrentar a atual falta de água.
A Associação de Consumidores Proteste tenta barrar na Justiça o aumento de 15,24% na conta de água dos consumidores abastecidos pela Companhia do Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Na terça-feira (5), a entidade entrou com recurso, na 8ª Vara da Fazenda Pública do Estado de São Paulo, contra o reajuste.
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) a reajustar em 15,24% as tarifas. O percentual contempla, além da reposição inflacionária, as perdas da empresa com a crise hídrica e o aumento dos custos da energia elétrica. Os novos valores entram em vigor em junho.
Ao longo de décadas, Geraldo Alckmin aperfeiçoou seu jeito de lidar com as crises em seu governo. Alckmin é um legítimo, incontestável, imbatível negacionista. Em Ribeirão Preto, na abertura de um evento, declarou que “na realidade, não existe greve dos professores”. Eles “estão dando aulas e os alunos, estudando. A média de falta é de 3%, aumentou 1%, e é de temporários”.
Por Kiko Nogueira*, no Diário do Centro do Mundo
Passado o período de intensas chuvas, o sistema hídrico em São Paulo permanece instável e não conseguiu ultrapassar a cota do Volume Morto, que representa a reserva de água profunda das represas. A Sabesp informou que houve uma baixa e o volume se encontra nesta terça-feira (28) em apenas 20%.
Por Laís Gouveia
O ônibus demora pelo menos 40 minutos para concluir a travessia entre o metrô Corinthians-Itaquera e o bairro de Cidade Tiradentes, São Paulo, com seus 220 mil habitantes. A trajetória do transporte coletivo até o terminal rodoviário faz os prédios diminuírem, chegando até um um lugar que mistura comércio de rua, fiação exposta dos postes e casas com tijolo baiano visível.
Por Pedro Zambarda de Araujo*, no Diário do Centro do Mundo