A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, disse nesta terça-feira (31) que fará uma análise da lista entregue pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) com o nome de 207 pessoas que sofreram ameaças de morte relativas a conflitos no campo, nos últimos anos.
O Senado deve instituir uma comissão externa composta por três senadores para visitar as regiões de conflitos agrários na divisa dos Estados do Acre, Amazonas, Rondônia e Pará, onde foram assassinatos recentemente quatro agricultores que lutavam contra a extração ilegal de madeira. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), autora da proposta, conversou sobre o assunto nesta segunda (30) com o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que apoiou a ideia.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) informou que, entre 2000 e 2011, 42 camponeses que foram ameaçados de morte vieram a ser assassinados. Anualmente, a CPT divulga relatórios que apontam os camponeses que receberam ameaças de morte no ano anterior.
O governo decidiu reagir dura e imediatamente à onda de assassinatos de agricultores e lideranças do movimento rural em assentamentos da reforma agrária, na Amazônia. Após quatro mortes na semana passada — três no Pará e uma em Rondônia —, o Palácio do Planalto convocou reunião nesta segunda-feira, com a presença de quatro ministros, para definir como enfrentará o problema.
O presidente do PCdoB de Rondônia, Manoel Nery, lamentou a morte de Adelino Ramos, líder do Movimento Camponês Corumbiara, morto na última sexta-feira (27), em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho. Dinho, como era chamado, era membro da direção do partido e foi assassinado com seis tiros enquanto vendia frutas e verduras numa feira.
A Polícia Civil de Rondônia identificou o suspeito de matar o líder camponês Adelino Ramos, o Dinho. O crime ocorreu na última sexta-feira (27) em Vista Alegre do Abunã, distrito de Porto Velho.
Um agricultor foi encontrado morto no assentamento agroextrativista Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna (PA), onde na última terça-feira (24) o casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo foram assassinados.
Escrevo sob impacto de forte emoção. O sábado transcorria tranqüilo, quando recebi telefonema do camarada Renato Rabelo, presidente do PCdoB, informando-me que Adelino Ramos, o Dinho, assassinado na véspera por sicários a serviço de madeireiros e latifundiários, era militante do Partido.
Por José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho
Em telegrama enviado neste sábado (27) para a família de Adelino Ramos, camponês líder do Movimento Camponês Corumbiara e militante do Partido Comunista do Brasil assassinado na sexta-feira em Rondônia, o presidente nacional do partido, Renato Rabelo, lamenta a morte de Dinho, como era conhecido, e manifesta solidariedade à família.
Os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) divulgaram na noite desta sexta-feira (27), nota pública em que se manifestam sobre o assassinato do líder camponês Adelino Ramos, ocorrido na manhã de sexta-feira, em Vista Alegre do Abunã, em Rondônia.
O agricultor Adelino Ramos, de 56 anos, foi assassinado na manhã desta sexta-feira (27) em Vista Alegre do Abunã, um distrito de Porto Velho, em Rondônia. Segundo informações da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dinho, como era conhecido, foi alvejado por um motociclista quando estava em seu carro na companhia da esposa e de duas filhas.
Por João Peres, na Rede Brasil Atual
Um protesto que reuniu mais de 5 mil pessoas marcou nesta quinta-feira (26) o enterro dos extrativistas José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo, em Marabá, no Pará. O casal foi executado a tiros na última terça-feira (24), no sudeste do estado.