A Duma de Estado (câmara baixa do parlamento da Rússia) ratificou nesta quinta-feira (20) o acordo bilateral sobre a integração na Federação Russa de duas novas unidades administrativas – a República da Crimeia e Sebastópol, cidade de âmbito federal, celebrado em 18 de março, em Moscou.
Apesar do aumento das tensões entre Washington e Moscou, o presidente norte-americano, Barack Obama, descartou na última quarta-feira (19) a possibilidade de que os EUA entrem em guerra com a Rússia por conta das questões sobre o território da Crimeia. Contudo, horas antes, foi revelado que o destroier da Marinha norte-americana iniciou manobras militares no Mar Negro.
Ressaltando que o imperialismo não recua perante nenhum crime, o dirigente do Partido Comunista Português analisa o pano de fundo histórico da crise na Ucrânia.
Por Albano Nunes, no jornal “Avante!”
Um quartel-general da Marinha da Ucrânia, em Sebastopol, foi ocupado por uma multidão de moradores desarmados da região, que começaram a expulsar as tropas ucranianas ali alojadas.
A decisão de expulsar a Rússia do G8 não foi aceita, afirmou nesta terça-feira (18) a chanceler alemã, Angela Merkel, contrariando o que afirmou anteriormento o presidente da França, François Hollande.
O primeiro-ministro interino da Ucrânia, Arseni Yatsenyuk, afirmou nesta terça-feira (18) que o conflito na península da Crimeia entrou na fase militar, depois de disparos de forças russas contra soldados ucranianos.
O presidente Vladímir Putin qualificou hoje como "cinismo aberto" a dupla moral dos Estados Unidos em sua recusa a reconhecer a independência da Crimeia, enquanto justifica a separação unilateral de Kossovo com relação à Sérvia.
O ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, disse que a crise Ucrânia/Crimeia foi “produzida artificialmente, por motivos puramente geoestratégicos”. Acertou.
Por Neil Clark*, Russia Today
Em discurso nesta terça-feira (18) o presidente russo, Vladmir Putin, afirmou que a "Crimeia sempre foi e seguirá sendo parte de seu país". Ele se reuniu com parlamentares russos no Kremlin para anunciar sua decisão sobre a união territorial da Crimeia, que aprovou sua incorporação à Rússia em um referendo no último domingo (16).
O presidente da Rússia Vladimir Putin assinou o decreto "Sobre reconhecimento da República da Crimeia" que reconhece a República um Estado independente, informa o serviço de imprensa do presidente russo.
Parlamento declara região independente de Kiev e afirma que propriedades estatais da Ucrânia na península serão confiscadas.
O Parlamento da Crimeia aprovou nesta segunda-feira (17) uma resolução para declarar-se independente da Ucrânia e pediu oficialmente a união da península à Rússia. A resolução foi adotada em sessão do Parlamento, na qual ficou estabelecido que a Crimeia passará a usar o fuso horário de Moscou, e não o de Kiev, na Ucrânia, que era o adotado.