Cláudio Monteiro, ex-chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, negou ter ligações com a organização criminosa comandada pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Em seu depoimento, nesta quinta-feira (28), na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), Mesmo tendo um habeas corpus para não falar, Monteiro tomou a decisão de falar à CPMI e abriu sigilo bancário, fiscal e telefônico.
Os advogados de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira entraram nesta quarta-feira (27) com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a liberdade do empresário. A defesa quer anular a decisão que suspendeu a soltura de Cachoeira em relação à Operação Monte Carlo na última quinta-feira (21).
O jornalista Luiz Carlos Bordoni reafirmou em sua exposição inicial na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, nesta quarta-feira (27), que uma parte do pagamento pelo seu trabalho na campanha de Marconi Perillo ao governo de Goiás em 2010, no valor de R$ 90 mil, foi paga por duas empresas de fachada do contraventor Carlos Cachoeira – Alberto & Pantoja Construções e Adécio & Rafael Construção e Terraplanagem. Os outros dois depoentes do dia não falaram à CPMI.
Após ouvir o depoimento do arquiteto Alexandre Milhomen, o relator da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), concluiu que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), mentiu em depoimento prestado à comissão no dia 12 de junho.
Por unanimidade, o Conselho de Ética do Senado aprovou na noite de segunda-feira (25) o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) que pede a cassação do mandato do senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO). A votação ocorreu de forma nominal e por meio de voto aberto. O relatório recebeu a aprovação dos 15 senadores que integram o conselho.
O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu decisão liminar garantindo a Francisco Cláudio Monteiro o direito de permanecer em silêncio em seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, marcado para quinta-feira (28). Outros pedidos semelhantes foram feitos por outros três depoentes desta semana.
O depoimento do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, na Justiça Federal de Goiás, foi marcado para o dia 24 de julho, às 9 horas. A data foi definida pelo juiz Alderico Rocha Santos, da 5ª Vara Federal em Goiás, que assumiu nesta terça (19) a ação penal.
Enquanto a Justiça dá uma série de decisões favoráveis ao suposto grupo criminoso chefiado por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, o Ministério Público Federal (MPF) vem estudando estratégias para impedir que a Operação Monte Carlo perca fôlego. Hoje o principal foco dos acusadores é garantir na Justiça a legalidade das escutas telefônicas colhidas durante a operação da Polícia Federal, que apurou esquema de corrupção e exploração ilegal de jogos no Centro-Oeste.
A lei é igual para todos, aprendemos desde pequenos na escola. Alguém ainda acredita nisso? A cada dia, o nosso Judiciário nos dá exemplos de que alguns são mais iguais do que os outros perante a lei, dependendo dos juízes e dos advogados envolvidos nos processos.
Por Ricardo Kotscho, no Balaio do Kotscho
Em discurso recente no Senado, Pedro Simon advertiu contra o perigo de que o crime organizado se aposse das instituições do Estado. Até o caso Cachoeira, disse o parlamentar gaúcho, havia sido comprovada a corrupção de setores da burocracia dos governos, mas não a da estrutura do Estado.
Por Mauro Santayana, em seu blog
Os depoimentos à CPI do Cachoeira dados pelos governadores de Goiás, Marconi Perillo, e do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, materializaram a percepção que se tinha neste blog e que tantas vezes foi externada, isto é, a de que o primeiro governador ainda tem muito a explicar e de que o segundo talvez nem devesse ter sido convocado por absoluta falta de motivos.
Por Eduardo Guimarães, em seu blog
O deputado Cândido Vacarrezza (PT-SP) destacou que vários usuários das redes sociais acrescentaram a palavra-chave (hastag) #PerilloAbraOSigilo em suas publicações, o que fez o assunto ocupar os primeiros lugares na lista de tendências mundiais da rede. As mensagens publicadas no twitter pedem que o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), autorize a quebra de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico.