A Unicamp tomou uma decisão histórica na tarde de terça-feira (21) ao aprovar, por meio do Conselho Universitário (Consu), mecanismos que flexibilizam o ingresso nos seus cursos de graduação. Entre as medidas admitidas estão a adoção de um sistema de cotas étnico-raciais que reserva 25% das vagas disponíveis para candidatos autodeclarados pretos e pardos e a criação do Vestibular Indígena.
Militantes afirmam que crime é generalizado e mais presente em cursos elitizados. O movimento e cursinho popular Educafro está tentando instalar medidas de reparação pelas fraudes ocorridas em relação à política de cotas raciais.
De acordo com Marianna Dias, presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), a aprovação das cotas raciais na Universidade de São Paulo (USP) e na Universidade de Campinas (Unicamp) são “uma motivação de esperança e de luta em um momento de perda de direitos dos estudantes, e de todos os brasileiros”.
Por Verônica Lugarini*
Entrevista da professora Márcia Lima à Carta Capital dismistifica os argumentos contra a adoção de cotas e lembra o caminho a ser percorrido depois dessa conquista
Por Alessandra Monterastelli
A aprovação da ação afirmativa pelo Conselho Universitário representa uma importante conquista, mas ainda não é suficiente, diz professor
Por Victória Damasceno
O racismo e o conservadorismo renitentes reaparecem num editorial deste domingo (9), da Folha de S. Paulo, sob o título Cotas falhas.
Por José Carlos Ruy *
O Conselho Universitário da Universidade de São Paulo (USP) aprovou a política de cotas para alunos de escolas públicas e autodeclarados pretos, pardos e indígenas (PPI) nos cursos de graduação da instituição a partir de 2018, em uma decisão que, segundo Luana Alves, aluna que integra o Conselho Universitário da USP, é a “quebra de um tabu”. A decisão foi tomada na noite de terça-feira (4),
A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) vai aplicar uma política de cotas raciais para os ingressantes no curso de graduação em medicina mais prestigiado do país. É a primeira vez que isso acontece em mais de 100 anos de história do curso.
"Ao aprovar o princípio das cotas étnico-raciais, a Unicamp se alinhou às grandes universidades do mundo, como Harvard, Yale e Columbia, que adotam a diversidade como critério para o ingresso de seus estudantes. O pressuposto dessas instituições é que a diversidade melhora a qualidade".
A Deputada Leci Brandão comemora a decisão da Unicamp em ter adotado o regime de cotas para aumentar o número de alunos negros e indígenas da graduação. A deputada afirma ser esta uma decisão histórica e parabeniza os movimentos sociais, alunos, professores e funcionários da universidade que lutaram por esta conquista.
Terça-feira (30/05), o Conselho Universitário da Unicamp (Consu) define como será encaminhada a proposta de adoção de um sistema de cotas étnico-raciais pela instituição. O Consu é o órgão de deliberação máximo da Universidade a quem compete traçar suas diretrizes. A reunião começa ás 9 horas, mas defensores das cotas vão se concentrar defronte ao Conselho a partir das 7 horas.