É noite do dia 9/9. Em casa, com os pensamentos em revoadas não consigo me desfocar da crueldade que as elites brasileiras estão cometendo contra o maior líder contemporâneo brasileiro: o presidente Lula.
Por Eleonora Menicucci*, em sua página no Facebook
"Não existe democracia sem povo, como querem os partidos que estão no poder por conta do golpe, impondo uma agenda derrotada nas eleições de 2014. O fundamental é afirmar um projeto popular democrático radical", afirmou o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra (PT), durante aula pública realizada na noite de ontem (17) na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp).
Deborah Fabri, uma jovem de 19 anos, perdeu a visão de um olho depois da ação de políciais durante protesto contra o golpe, em setembro deste ano. Ela foi uma das primeiras vítimas do estado de exceção que o país enfrenta. Em sua página no Facebook, Deborah demonstra que, apesar da perda irrecuperável, a repressão de Temer não a intimidou nem tirou a sua coragem. Confira a íntegra do texto publicado no último dia 11.
Professores da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (FDUFBA) se manifestaram, através de uma nota, sobre o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. No texto, os docentes avaliaram a cassação de Dilma como um golpe parlamentar, que ignorou “aspectos fundamentais ao devido processo legal e considera como ‘crimes de responsabilidade’”.
A federação sindical internacional IndustriALL Global Union divulgou manifesto em solidariedade aos brasileiros que sofreram um golpe com a destituição da presidenta eleita Dilma Rousseff no dia 31 de agosto. "Condenamos este golpe à democracia no Brasil, o que significa o desmantelamento das instituições nacionais e regionais para o benefício dos povos e o desenvolvimento das nações", destaca o texto.
Com a consumação do impeachment de Dilma sem crime de responsabilidade e com a violação da Constituição, o que caracteriza o golpe, o país se encaminha para uma perigosa e irresponsável aventura política cuja desfecho é imprevisível. Mesmo que a democracia brasileira seja jovem, padecendo de enfermidades de nascença e muito imperfeita, não se pode brincar de democracia violentando a soberania popular e caçando 54 milhões de votos.
Por Aldo Fornazieri*, no GGN
A ONU Mulheres Brasil divulgou nota de apoio à Ela Wiecko Volkmer de Castilho, ex-vice-procuradora geral da República que renunciou de seu cargo na última terça-feira (30/8), após afirmar que o impeachment contra Dilma Rousseff se trata de um golpe. “Seus posicionamentos jurídicos sempre estiveram fundamentados nos direitos humanos”, afirma o comunicado.
O juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais, protestou contra o golpe dado contra a presidenta Dilma Rousseff. Ao expedir um alvará de soltura do camelô José Cleuto de Oliveira Almeida, o magistrado afirma que enquanto o réu está trabalhando, "os bandidos deste País, que deveriam estar presos, estão soltos dando golpe na Democracia".
Dilma, no Senado, escancarou a inexistência de motivos reais para condená-la, exceto o assalto ao poder para destruir a proteção da sociedade contra o mercado.
Por Saul Leblon*, na Carta Maior
Festa acabada, músicos a pé, diz conhecido provérbio português. Vencida a quinzena olímpica e amortecido por horas o complexo de vira-lata, o país, mal refeito da ressaca cívica, se reencontra com seu drama cotidiano: a degradação da política, magnificando todos os nossos problemas, expondo nossas misérias sob lente de aumento.
Por Roberto Amaral*, na Carta Capital
Um grupo de artistas e intelectuais estrangeiros divulgou um manifesto em apoio à presidenta eleita Dilma Rousseff, contra o processo fraudulento de impeachment contra ela no Senado e pela democracia no Brasil. No texto, personalidades como o cineasta Oliver Stone (Platoon), a atriz Susan Sarandon (Thelma & Louise) e o ator Viggo Mortensen (Senhor dos Anéis), Danny Glover (ator) e Noam Chomsky (linguista) reforçam a denúncia internacional do ataque à democracia brasileira.
“Caso o impeachment da presidenta Dilma seja confirmado no Senado no final do mês, devemos, no início de setembro, a começar lutar contra o governo golpista como fizemos em abril de 1964, logo depois do golpe.” A convocação do advogado Marcelo Lavenère, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), deu o tom do Ato Público de Resistência Constitucional, realizado na noite desta quinta-feira (18) no auditório da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).