Os preços do etanol e da gasolina comum caíram na segunda semana de maio, na média nacional, de acordo com o Levantamento de Preços da ANP realizado na semana passada.
A escalada nos preços dos combustíveis, nos últimos meses, vem chamando atenção dos motoristas e ganhando destaque na imprensa. Percebida de modo mais imediato por quem possui moto ou automóvel, a elevação nos preços da gasolina, do etanol e do diesel repercute, na realidade, no bolso de todos os cidadãos, por influir no preço dos fretes dos produtos como um todo e no custo dos serviços.
O grupo de trabalho que vai definir as ações para regulamentar o mercado de etanol no país foi criado nesta sexta-feira (6) pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A decisão atende à Medida Provisória 532, assinada no dia 29 de abril pela presidenta Dilma Rousseff, que tornou a ANP responsável pela cadeia de produção, movimentação e abastecimento de biodiesel e etanol, incluindo importação e exportação dos produtos.
Os biocombustíveis – etanol, biodiesel e outros combustíveis produzidos a partir de vegetais – foram incluídos na Política Energética Nacional. A medida foi adotada na Medida Provisória (MP) assinada nesta quinta-feira (28) pela presidente Dilma Rousseff e publicada na edição de hoje (29) do Diário Oficial da União. A partir de hoje, o etanol passa a ser considerado um produto energético, não mais agrícola, cuja regulação e fiscalização caberá à Agência Nacional de Petróleo (ANP).
Nota Oficial
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou a existência de um suposto esquema de cartel em postos de combustíveis de Brasília, atuando entre janeiro de 2010 e março de 2011. Em nota, a ANP informou que encaminhou à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça informações sobre o possível cartel.
A possibilidade de que o Brasil sofra com a falta de combustíveis por causa de uma oferta menor de álcool anidro no mercado foi descartada nesta segunda (25) pelo presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares.
O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, afirmou hoje pela manhã, durante audiência pública realizada na Assembléia Legislativa do RN para discutir a situação dos combustíveis, que a tendência a curto prazo é o aumento nos preços. O motivo é a alta do álcool anidro, que é 25% da composição da gasolina tipo C.
De acordo com o presidente da OAB-RN, Paulo Eduardo Teixeira, a suspeita de cartel existe pela falta de informação por parte dos empresários.
Ideia é promover o apelo social para cobrar esclarecimentos dos empresários e a diminuição dos abusos nos preços cobrados.
Dados repassados pela BR Distribuidora ao Procon/RN confirmam que a gasolina vendida em Natal pelos postos da bandeira BR está entre as três mais caras do Brasil, gerando o maior lucro bruto por litro para os postos de gasolina em todo o território brasileiro.
A Petrobras Distribuidora negou ontem que tenha influenciado o aumento de preços dos combustíveis no Rio Grande do Norte, onde a gasolina comum e a aditivada já superam a marca de R$ 3 em alguns postos, registrando uma alta de mais de 6% em relação à semana passada.