Para Amalia Pereira, dirigente da Central Unitária de Trabalhadores, o “Aprovo” no plebiscito de 4 de setembro corresponde à expectativa do levante popular em que milhões se manifestaram por um novo Chile
Após a aprovação do artigo, a convencional Ivanna Olivares, professora de história e ativista ambiental declarou que “finalmente se consagra a inalienável soberania do Estado sobre todos os bens minerais naturais, substâncias mineiras e minas”.
A porta-voz do governo do Chile, Camila Vallejo, afirma, em entrevista, que lideram um projeto inicial da superação do neoliberalismo. Diz que não é fácil pois o sistema aprofundou a desigualdade, tem raízes profundas e defensores do modelo em posições-chave dos poderes fáticos do Chile.
Em pesquisa recente, a maioria dos chilenos manifestou-se favorável à renacionalização. O economista chileno Orlando Caputo diz que a entrega do cobre às multinacionais, feita por Pinochet, trouxe grandes danos ao seu país.
Bárbara Figueroa, vice-presidente de Relações Internacionais da CUT-Chile, destaca papel da democratização da comunicação para garantir a soberania e os direitos sociais e trabalhistas em lei na Convenção Constituinte.
Como primeiro ato oficial, o jovem chefe de Estado reúne-se com movimentos sociais e acena para uma profunda mudança da cultura política do país
“Temos um grande dever diante do povo chileno e daremos nosso melhor para estamos à altura”, disse mandatário após a posse; siga AO VIVO o dia de Boric
Pesquisadora da USP visitou o Chile durante 15 dias em uma viagem acadêmica para observar os processos sociais envolvidos nas mudanças constitucionais
No Chile, as transnacionais do cobre detêm 72% da produção do estratégico mineral, multiplicando os lucros recordes e o pagamento de dividendos milionários às custas do desenvolvimento nacional
Democracia, já se disse, é processo. E ao longo desse processo de afirmação democrática o Chile tem dado sinais inequívocos de maturidade política
Com a formação da equipe ministerial, confirmou-se que o presidente eleito, Gabriel Boric, queria “ampliar sua base de apoio político”. Comunistas, integrantes da Frente Ampla, vários partidos da antiga Concertación, oito independentes, compõem o grupo ministerial que começará a funcionar em 11 de março. Como indicado, uma equipe igual e diversificada. Eles serão responsáveis pelas políticas públicas e implementação de programas da administração Boric. Os números da nova equipe.
Projeto de Iniciativa Popular foi o primeiro a ultrapassar as assinaturas necessárias na Comissão de Meio Ambiente e Modelo Econômico da Convenção Constituinte