Presidente Lula sanciona lei aprovada em dezembro que cria o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé, comemorado em 21 de março
Quadro da artista plástica Djanira Motta e Silva, com divindades de matriz africana, fora retirado da sede da Presidência da República durante governo Bolsonaro
As religiões de matriz africana tiveram como aliado o escritor Jorge Amado, deputado comunista e autor da emenda que garantiu liberdade de culto no país.
Morreu na tarde desta quinta-feira (27), a ialorixá Maria Stella de Azevedo Santos, de 93 anos, mais conhecida como mãe Stella de Oxóssi. A ialorixá, uma das mais conhecidas no estado, estava internada desde o último dia 14 deste mês, no Hospital Incar, localizado no município de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo Baiano, por causa de uma infecção. Para a deputada eleita Olívia Santana, a "Bahia perdeu uma figura de muita sabedoria".
A grandiosa e patriótica campanha contra a ameaça fascista que ronda as eleições de 2018 ganhou um novo ingrediente, o dramático, comovente e poético chamado e desabafo de uma das maiores autoridades religiosas do Brasil, a mais conhecida Yalorixá contemporânea da Bahia, Mãe Stella de Oxóssi.
Por Haroldo Lima*
“Este é um dia para refletir sobre o respeito ao próximo – premissa de todas as religiões – e assim combater os crimes de ódio que estão se tornando comuns no País”, afirma o vereador Gustavo Petta (PCdoB).
O Terreiro Asé Abassá de Ogum, da Bahia, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) e a Fundação Cultural Palmares (FCP/MinC) realizarão nesta sexta-feira (28/11) a solenidade de inauguração do busto em homenagem a Mãe Gilda de Ogum, símbolo do combate à intolerância religiosa no Brasil.
Dez terreiros de candomblé localizados em Cachoeira e São Félix, no Recôncavo da Bahia, foram reconhecidos pelo Conselho Estadual de Cultura como patrimônio imaterial e devem ser tombados pelo Governo do Estado. Foi a Câmara de Patrimônio que analisou os pedidos, feitos ao Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac). O Conselho decidiu por unanimidade a necessidade do tombamento, que é o que vai garantir a preservação física dos espaços.
Será oficializada nesta terça-feira (27) a Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Terreiro. A intenção é institucionalizar a defesa das religiões de matriz africana. A frente parlamentar surge no momento em que essa comunidade trava uma batalha pelo reconhecimento de sua liberdade religiosa e o respeito a seus lugares de culto e sacerdotes.
A secretária nacional de Combate ao Racismo do PCdoB, Olívia Santana, que também preside o Partido em Salvador, comentou a sentença do juiz federal Eugenio Rosa de Araújo, da 17ª Vara Federal do Rio, que não considerou o Candomblé e a Umbanda como religiões. Para Olívia Santana, a atitude do magistrado está impregnada pelo racismo.
Uma homenagem à Ebomi Cidália, sacerdotisa do Ilê Iyá Omi Axé Iyamassê, o Terreiro do Gantois, foi realizada na última sexta-feira (11/04), em Salvador, com o lançamento do livro “Ebomi Cidália: a enciclopédia do candomblé – 80 anos”. A obra é assinada pela jornalista Cleidiana Ramos, em parceria com o historiador e religioso do candomblé, Jaime Sodré. O evento aconteceu no Ilê Axé Iyá Nassô Oká, Terreiro Casa Branca.
Nesta quarta-feira (15/01), o terreiro Ylê Axé Oxumarê, localizado no bairro da Federação, em Salvador, um dos mais antigos centros de culto afro-brasileiro do Brasil, ganhou uma placa comemorativa do reconhecimento do espaço como patrimônio do Brasil. O terreiro foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em novembro de 2013. A placa foi entregue pela ministra do Turismo, Marta Suplicy, e pela presidenta do Iphan, Jurema Machado.