A partir de agora poderá ser preciso se mostrar “digno” para ser reconhecido pelo governo de Michel Temer como beneficiário do programa Bolsa Família. Sai a família e entra a “dignidade” e o programa poderá se chamar Bolsa Dignidade, segundo o jornal O Estado de São Paulo.
Por Railídia Carvalho
Para estimular um crescimento econômico mais igualitário no Brasil, o país deve aumentar os recursos destinados ao Bolsa Família, já que o programa é o único gasto social verdadeiramente progressivo e que chega ao pobre. A avaliação é da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que fez uma série de recomendações ao Governo.
Benefícios do Bolsa Família mantêm 21% dos brasileiros fora da extrema pobreza e impactam positivamente na economia local, segundo dados numéricos divulgados nesta segunda-feira (5) pelo Valor Econômico. Segundo informações do jornal, os beneficiários representam mais de 1/3 da população de 11 estados brasileiros, todos da região Norte e Nordeste do país.
Por Verônica Lugarini
O governo de Michel Temer (PMDB) continua dando sequência ao desmonte de todo o tecido de proteção social construído pelos governos Lula e Dilma. No novo projeto do Orçamento para 2018, enviado semana passada ao Congresso Nacional, Temer propõe reduzir os recursos a serem destinados ao programa Bolsa Família.
Desde 2011, o programa foi responsável por tirar 1,4 milhão de pessoas da extrema pobreza em Minas Gerais.
O corte de mais de 41 mil pessoas do programa Bolsa Família, apenas no Ceará, representa um grande retrocesso na política nacional de segurança alimentar, condenando à fome famílias cearenses e trazendo consequências como fome, indignação e prejuízo à educação das crianças na periferia de Fortaleza e no Interior do Estado.
Após a compra de parlamentares para se livrar do início imediato das investigações por corrupção passiva, Temer corta mais de meio milhão de benefícios do programa Bolsa Família. É o corte mais drástico do principal programa social do país desde sua criação, em 2003.
Por meio das redes sociais, a presidenta Dilma Rousseff defendeu o Bolsa Família e criticou os cortes no programa feitos pelo governo de Michel Temer para cobrir o rombo nas contas públicas.
O número de beneficiários pagos pelo Bolsa Família em julho registrou a maior redução em relação a um mês anterior desde o lançamento do programa, em 2003. Entre junho e o mês passado, o número de benefícios encolheu em 543 mil famílias. O corte inclui suspensões para avaliação e cancelamentos.
Enquanto não é apeado do poder – apesar das graves denúncias de corrupção e da crescente rejeição constatada nas pesquisas –, o odiado Michel Temer prossegue com as suas maldades. Para agradar a cloaca empresarial e os rentistas, que financiaram o “golpe dos corruptos”, ele ferra os trabalhadores sem dó nem piedade.
Por Altamiro Borges
O governo de Michel Temer anunciou o congelamento do orçamento destinado ao programa Bolsa Família, sem data para alterar novamente a medida. Para a ex-ministra do Desenvolvimento Social Tereza Campello, esta é uma decisão “contra os pobres e a classe trabalhadora”.
O governo do presidente Michel Temer suspenderá o reajuste do Bolsa Família que deveria ser anunciado em julho. A ideia era elevar o benefício em 4,6%, mas a equipe econômica do governo disse que não há espaço do Orçamento para o aumento.