Álvaro García Linera, é considerado um dos maiores marxistas contemporâneos da América Latina. Depois do golpe de Estado que o obrigou a deixar o posto de vice-presidente da Bolívia, o intelectual vive no exílio – primeiro no México e agora na Argentina – de onde continua a contribuir para o desenvolvimento do campo progressista na região, agora não mais pela via institucional.
“Presidente Bolsonaro usou sua visita à Índia para voltar a proclamar a transferência da embaixada brasileira em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. “
Por pressão dos Estados Unidos mais de 450 mil bolivianos perderam, em apenas dois meses, assistência médica dos profissionais cubanos expulsos do país pelo governo golpista.
Muitas das revoltas populares nos países da América Latina são provenientes da insatisfação popular diante das medidas de governos ultraliberais.
“É válido aprendermos algo com os erros cometidos para não repeti-los, e ter um 2020 de acumulação política e social”
Vice-presidente das seis Federações de Cocaleiros do Trópico de Cochabamba, Andrónico Rodríguez lidera as pesquisas eleitorais na Bolívia, um mês e meio após o golpe que levou à renúncia de Evo Morales, do Movimento ao Socialismo (MAS).
Comprometido em fazer avançar o processo de transformações comandado pelo presidente Evo Morales, o argentino Sebástian Moro vivia desde fevereiro de 2018 na Bolívia, entregando o melhor de si junto à Confederação Sindical Única de Trabalhadores Camponeses da Bolívia (CSUTCB).
Recém demitida, a chefe das Rádios dos Povos Originários (RPOs) do Ministério da Comunicação do governo de Evo Morales, e ex-diretora-executiva do Centro de Educação e Produção Radiofônica da Bolívia (Cepra), Dolores Arce denuncia como “a mídia local fez um despejo desinformativo, promovendo o motim da polícia e garantindo impunidade para que o Exército assassinasse manifestantes que lutavam por seus direitos”.
Membro da Assembleia Permanente de Direitos Humanos em El Alto, cidade boliviana onde ocorreu o massacre de Senkata em que morreram oficialmente 10 manifestantes e 30 ficaram feridos à bala, o ativista David Inca denunciou o terrorismo praticado por Jeanine Áñez. A “autoproclamada” presidenta reconhece que há, até o momento, 34 manifestantes mortos, 800 feridos e 1.500 prisioneiros.
Por Leonardo Wexell Severo*
Eis um balanço do processo boliviano, por quem o viveu ao lado dos movimentos sociais. Os sucessos e os erros, em 13 anos de governo. A trama do golpe, pelas elites locais e Washington. O engano grosseiro dos que se omitiram. As possíveis lições para a esquerda
Por Boaventura de Sousa Santos
O presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Sérgio Choque, denuncia o golpe de Estado que afastou o presidente Evo Morales “a partir da pressão dos setores ligados à direita, com a perseguição de dirigentes, queima de residências de deputados e senadores, e mais o sequestro de familiares”. Nesta entrevista exclusiva a Leonardo Wexell Severo*, de La Paz, Bolívia, Sérgio condena o assassinato de manifestantes, “cruelmente alvejados pelas balas do Exército”.
“Representante da Federação dos Trabalhadores Camponeses do Trópico de Cochabamba, Cacilda destacou que ‘nestes últimos 14 anos, graças ao irmão Evo, tivemos respeitados nossos direitos nos bancos, nas praças, em todos os locais’. Infelizmente, denunciou, ‘hoje já não nos deixam chegar a qualquer lugar, é indignante, ultrajante mesmo’”.
Por Leonardo Wexell Severo*, de Sakaba – Bolívia